Fiquei estarrecido após tomar conhecimento dos detalhes apontados no relatório nacional do Conselho Federal de Psicologia, divulgado nesta segunda-feira, dia 28, que revela a situação de calamidade a que são submetidos usuários de drogas durante tratamento para desintoxicação química. Chocante mesmo! Não há outro adjetivo para qualificar o quadro deplorável de abandono, irresponsabilidade e, sobretudo, indignidade humana praticada contra pessoas necessitadas tão somente receber compreensão, amparo e afeto.
O documento elaborado
pela entidade, mostra que 68 instituições do país foram visitadas
por equipes de pesquisadores entre os dias 28 e 29 de setembro.
Nessas unidades, a maioria delas privadas e algumas conveniadas ao
sistema público, foi identificado um cenário de graves
irregularidades. Submissão a castigos físicos, tortura, falta de
higiene, trabalho forçado, preconceitos a homossexualidade dos
pacientes, ambientes de completa insalubridade, privação de
alimentação adequada, imposição à humilhação moral e
psicológica, isolamento com o mundo exterior, entre outras questões
preocupantes.
A integração social e
familiar da pessoa com dependência química deve ser uma ação
prioritária no tratamento contra as drogas. Aqui no Rio, por
exemplo, esta é uma prática adotada em todas as unidades de
atendimento especializado da Prefeitura. Contemplamos a integração
e a convivência social como uma das medidas de ressocialização do
jovem com o objetivo de lhes devolver a auto-estima como um princípio
de valorização moral e de cidadania.
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