terça-feira, 31 de maio de 2011

Eleições para novos Conselheiros Tutelares do Rio

No próximo domingo, dia 5, acontecem as eleições para os novos conselheiros tutelares do município Gestão 2011-2014. O Conselho Tutelar é um órgão público municipal de caráter autônomo e permanente, fundamental no zelo dos direitos da infância e juventude, conforme os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Cada Conselho Tutelar conta com cinco conselheiros, que são remunerados pelafunção, e outros cinco conselheiros suplentes. Todos são eleitos pelovoto direto da população, de acordo com a representatividade na comunidade.

Atualmente a cidade do Rio de Janeiro conta com 10 unidades, mas a Prefeitura já está trabalhando para a duplicação desses serviços. Os Conselhos Tutelares foram instituídos no município em 1996 e, após esses 15 anos de atividade, a Prefeitura do Rio, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e os Conselhos Tutelares existentes, chegaram a um consenso de que a cidade do Rio de Janeiro necessita da criação de 10 novos unidades, já que alguns Conselhos estão trabalhando muito acima da capacidade determinada pela lei, de atender a uma população de 100 mil habitantes.

Em breve, provavelmente no segundo semestre, a SMAS vai instalar dois novos Conselhos: na Ilha do Governador (desmembramento do Conselho de Ramos) e em Acari (desmembramento do conselho de Madureira). Os próximos serão implantados em, no máximo, cinco anos, de acordo com o adensamento populacional das regiões. O poder público depende de um orçamento, por isso que o trabalho será executado aos poucos. Por enquanto, nossa meta é reestruturar esses conselhos já existentes para garantir infraestrutura adequada e material necessário ao trabalho.

No sábado, o processo de escolha dos novos conselheiros deverá ser conduzido pelo CMDCA e os postos de votação estarão abertos entre 9h e 17h. Poderá participar todo o cidadão, acima dos 16 anos de idade e com título de eleitor da cidade do Rio de Janeiro. Basta levar um documento oficial com foto e o título de eleitor. Todas as informações no site da SMAS.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Internação compulsória para crianças e adolescentes dependentes químicos

Em uma iniciativa inédita, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) lançou nesta segunda-feira, dia 30, novo protocolo de abordagem à população em situação de rua, para uma ação mais uniforme nos processos de acolhimento, atendimento e acompanhamento dessas pessoas. A resolução determina a internação compulsória de crianças e adolescentes dependentes químicos, e também obriga a permanência nos abrigos para os jovens que forem acolhidos à noite.

A decisão de internar compulsoriamente as crianças e os adolescentes será aplicada para aqueles que, na avaliação de especialistas, estiverem comprometidos com o uso do crack e de outras drogas psicoativas. Outro destaque é a resolução de que todas as crianças e adolescentes acolhidos só poderão deixar os abrigos após terem os responsáveis identificados e com a anuência de órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, como o Conselho Tutelar e as Varas da Infância. E se forem acolhidos no período noturno, independente de estarem ou não sob a influência do uso de drogas, também deverão ser mantidos abrigados de forma compulsória, com o objetivo de garantir sua integridade física.

Elaborado pela Subsecretaria de Proteção Social Especial da SMAS, em conjunto com profissionais das dez Coordenadorias de Assistência Social (CAS) do município, o novo Protocolo do Serviço Especializado em Abordagem Social traz ainda as atribuições dos técnicos e educadores sociais envolvidos no trabalho, os fluxos de abordagem, além dos novos instrumentos para o mapeamento e abordagem da população em situação de rua no município.


Leia a íntegra da resolução.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dependência química e o direito à vida

Nos últimos dias uma questão crucial envolvendo crianças e adolescentes usuários de drogas, especialmente o crack, tem pautado o noticiário da mídia, inclusive o Jornal Nacional de ontem, dia 26. O debate é complexo por tratar de um tema que envolve esferas públicas reguladoras como a Justiça, ordem pública, saúde pública e, naturalmente, assistência social, dentre outros setores de gestão e da própria sociedade.

Numa iniciativa da SMAS, estamos articulando conversações com o Ministério Público, a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, a Secretaria municipal de Saúde, além de outros parceiros de entes federativos, de modo que se possa dar uma interpretação precisa ao que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, resguardando e respeitando o direito inalienável do ir e vir. Porém, cabe ao Estado a função constitucional de ser presente nos espaços de ausências da família, por exemplo.

Não pode, sob hipótese alguma, um menor ser alvo do flagelo das drogas e nós autoridade responsáveis ficarmos de braços cruzados por inércia. Providências firmes precisam ser tomadas, objetivando resguardar a integridade, física, mental e social, de nossas crianças e adolescentes. Não podem elas perambular pelas ruas sem rumo, sem destino, sem direito a oportunidades, sem futuro.

O caminho é acolher esses menores sob a proteção do Estado em abrigos para tratá-las, ressocializá-las e as devolver o direito a uma vida saudável.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dependência química terá tratamento obrigatório

O jornal O Globo publicou uma matéria sobre a operação que realizamos ontem no Jacarezinho, com destaque para as mudanças nos serviços de acolhimento e atendimento a crianças e adolescentes. A novidade é que, após muitas conversas com o Ministério Público e com a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, estamos conseguindo alterar esses procedimentos para fazer com que esses jovens sejam obrigados a enfrentar o tratamento.

Não existe uma determinação clara do Estatuto da Criança e do Adolescente, mas, em alguns casos, o direito de ir e vir da criança e do adolescente não pode suplantar o dever do Estado de garantir a integridade física dessas pessoas. Muitas vezes elas não têm condições de julgar se devem ou não ser internadas. Em breve será publicado um protocolo de abordagem e acolhimento desses menores, para que fique claro em que situações a criança e o adolescente podem ficar retidos no abrigo.

Além da obrigatoriedade no tratamento, também estamos aumentando o número de abrigos que realizam esse atendimento especializado. Já estamos colocando em cada uma de nossas unidades de abrigamento, equipes treinadas com assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros, para que na primeira abordagem a criança já possa ser encaminhada à unidade de saúde mais próxima e assim iniciar um acompanhamento específico.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Diminui o número de pessoas na cracolândia do Jacarezinho

A operação que realizamos nesta quarta-feira (25/05) no Jacarezinho trouxe um dado positivo e animador, a redução do número de pessoas encontradas na cracolândia. Na penúltima operação que realizamos no local, foram retiradas daquela área 101 pessoas, ou seja 25 pessoas a mais do total retirado hoje, 76. Esse pode ser um bom sinal, uma demonstração de que a nossa insistência está dando certo.

A operação de hoje terminou com 60 adultos e 16 crianças e adolescentes retirados da cracolândia. Além de crack, a polícia também encontrou mais de seis quilos de maconha, uma quantidade de cocaína e algumas pedras que eles suspeitam serem oxi. No Rio, existem no mínimo outros quatro pontos onde usuários de crack se aglomeram. São locais críticos como a Avenida Leopoldo Bulhões, em Manguinhos; Rua São Luiz Gonzada, em São Cristóvão; Rua Palas, na Pavuna e na Avenida Brasil, próximo ao viaduto de acesso à Ilha do Governador. Esse é um problema difícil de ser combatido e requer ações permanentes. Por isso vamos continuar realizando essas ações, tanto ali no Jacarezinho como em outras regiões da cidade, sempre com esse modelo de trabalho que integra as ações da SMAS com as forças das polícias Civil e Militar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Casa Viva terá foco na reinserção social e familiar

Hoje inauguramos a Casa Viva, em Laranjeiras. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a SMAS vai oferecer 25 novas vagas para o acolhimento e atendimento de crianças e adolescentes que tenham envolvimento com drogas. O critério de seleção será o de usuários da rede de proteção da secretaria que estejam mais comprometidos com o vício. Além do acolhimento e tratamento, nosso trabalho também será focado na reinsercão dessas pessoas à comunidade e às suas famílias. Nosso objetivo é fazer com que os jovens retornem a seus lares de origem, ou até mesmo para algum de nossos abrigos, mas que estejam plenamente recuperados, livres da dependência química e prontos para fazer a vida seguir em frente.

A Casa Viva é um projeto piloto e nossa meta é inaugurar outras quatro unidades semelhantes até o final de 2011. Acreditamos que a experiência do programa venha ser referência positiva, possibilitando, assim, sua extensão por novas unidades com esse perfil no tratamento e na recuperação de jovens usuários de drogas. A iniciativa é uma resposta concreta que nós autoridades podemos encontrar soluções de combate ao um dos principais flagelos da sociedade contemporânea: o uso das drogas. Queremos dar a nossos jovens uma nova chance de vida saudável, com oportunidades e reintegrados a convivência relacional.

A Secretaria de Assistência Social está apostando num novo tipo de atendimento aos cidadãos, voltado à atenção integral e não somente ao acolhimento em abrigos. Estamos buscando reintegrar essas pessoas à sociedade e à família, com a inserção no mercado de trabalho e em programas sociais, priorizando as ações para melhoria da qualidade de vida; desenvolvimento do capital humano; erradicação da pobreza extrema, redução da pobreza e da desigualdade social.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

SMAS inaugura CASA VIVA para acolhimento e atendimento especializado a crianças e adolescentes com envolvimento com drogas

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) inaugura amanhã, dia 24, a CASA VIVA, novo espaço em Laranjeiras destinado ao acolhimento e atendimento especializado a crianças e adolescentes com envolvimento com drogas. Em parceria com Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC), a unidade irá atender 25 crianças e adolescentes que foram retirados das ruas.

Na CASA VIVA, os jovens irão receber todo o suporte necessário à sua recuperação. Será um espaço diferenciado, com tratamento individualizado em saúde e na área psicossocial, além de atividades recreativas, passeios e outras programações de entretenimento. A proposta é um ambiente lúdico e acolhedor com brinquedoteca, biblioteca, sala de jogos, TV e videogame, área de convivência e de lazer, ao ar livre. Ao chegar, todos receberão uniforme e kit de higiene.

- Não adianta só retirar essas pessoas das ruas, é preciso fazer mais. É um trabalho de insistência e por isso temos que oferecer novas possibilidades para que eles queiram retornar às suas famílias e voltar à viver com dignidade -, observa o secretário Municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem.

O atendimento será realizado na modalidade de Casa Lar Especializada, com prestação de assistência médica, social e psicológica, e terapias alternativas auxiliares. O trabalho terá como foco a reinserção familiar e comunitária, sempre com reforço nos vínculos familiares das crianças e dos adolescentes. A equipe será formada por médico, enfermeiro, técnicos em enfermagem, psicólogo, pedagogo, assistentes sociais, educadores sociais, musicoterapeuta, e também terá o apoio dos profissionais que atuam nos centros municipais de Acolhimento, Referência de Assistência Social (CRAS) e Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

A CASA VIVA tem como objetivo principal a recuperação do ser humano. Como o próprio nome já diz, o destaque na casa é a vida. Com muito verde e cores alegres, a ideia é fazer com que os cômodos traduzam a presença de seus moradores e que a casa seja muito mais do que um espaço de recuperação, mas um lar provisório até que consigam reconstruírem suas vidas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Reinserção para combater a reincidência

O Globo publicou uma reportagem sobre a reincidência das pessoas que são retiradas das ruas.Cerca de 47% da população acolhida pela SMAS voltam para as calçadas. E mais: daqueles que chegam aos abrigos, 49% recusam qualquer atendimento, como corte de cabelo, banho ou passagem para seu lugares de origem.

Essa é a realidade que temos hoje, mas estamos empenhados, trabalhando para a redução desses índices. Um de nossos projetos, que está previsto para ser lançado agora no final do mês de junho, vai modificar o formato dos abrigos do município. Vamos começar a implantar as Unidades de Reinserção Social. Serão espaços com instalações mais confortáveis e um atendimento social que vai um pouco mais além, com aulas de cidadania e cursos profissionalizantes. Nosso projeto piloto, vai ser em Paciência, onde já funciona o Rio Acolhedor, mas nosso objetivo é expandir a iniciativa para todas as regiões da cidade.

Abrigo não é depósito de gente, abrigo é um local de acolhimento, tratamento e reinserção. Pode até ser uma unidade de abrigamento provisório, mas o importante é fazer com que o cidadão que está ali queira permanecer por algum tempo até conseguir resgatar sua cidadania e retomar sua vida.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

SMAS faz mais uma operação na cidade

Durante a operação que realizamos na manhã de hoje, para retirar das ruas do Centro pessoas em situação de vulnerabilidade social, foram apreendidas 120 pedras de crack, 220 sacolés de cocaína e 9 de maconha, além de facas e cachimbos para o uso de crack. O objetivo das operações da SMAS é sempre levar a assistência social para quem precisa, seja na forma de acolhimento ou no encaminhamento para o tratamento da dependência química, porém a parceria com as polícias Militar e Civil está produzindo novos resultados.

Hoje, por exemplo, das 83 pessoas recolhidas, quatro homens foram presos com drogas dentro de um prédio desativado na Rua da Gamboa. E essa é a realidade que vivenciamos: junto com as 16 crianças e adolescentes que retiramos do entorno da Rodoviária Novo Rio estão traficantes, assaltantes e outros bandidos. Por tudo isso é que vamos continuar em alerta e realizando nossas operações conjuntas. Porque tão importante quanto acolher essas pessoas, é identificar e coibir a presença desses marginais soltos pelas ruas da cidade.

A operação de hoje foi a 8ª ação conjunta que realizamos na cidade. Ao todo, já foram retiradas 615 pessoas das ruas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O apoio da polícia é fundamental

Uma realidade que não podemos deixar de observar, e que nos mantém cada vez mais em alerta, recebeu destaque hoje na coluna do Ancelmo Gois (O Globo). Nesses últimos meses de operações da SMAS, das 7.341 pessoas retiradas das ruas pela secretaria, 83 tinham mandados de prisão. Entre a população que vive pelas ruas do Rio em situação de vulnerabilidade social, estão infiltrados alguns marginais como traficantes e até estupradores. Eles se escondem no meio dessas pessoas e por isso é tão importante o apoio das polícias civil e militar em nossas operações.

Na rua vivem pessoas que se encontram na pior situação social possível. É a miséria da vida, é a situação de vulnerabilidade e no meio disso tudo temos exploração sexual, uso de drogas e outros delitos. E por conta da presença desses marginais é que a polícia se faz necessária porque, além do apoio logístico e da própria segurança dos profissionais envolvidos nas operações, é preciso identificar os criminosos, mapear os pontos de prostituição, de consumo e tráfico de drogas e se existem outras situações que apresentam risco à vida, espalhadas pelas ruas da cidade. E essa proteção ao cidadão a gente chama de segurança pública, mas que não pode ser tratada apenas como uma medida de vigilância ou de repressão, mas como um sistema integrado e que envolva ações de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, saúde e social.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Exploração sexual, denuncie!


Na tarde desta terça-feira, 17/05, realizamos a abertura da Semana de Sensibilização contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Cidade do Rio de Janeiro, no Largo da Carioca. O evento foi promovido pela SMAS com o apoio do Ministério Público. Durante todo o dia, ali no Largo da Carioca, foram realizadas diversas atividades para a conscientização da população e para a divulgação das ações da SMAS no enfrentamento do problema.

De acordo com dados do Disque-Denúncia Nacional, em 2010 o Rio foi a segunda cidade do país com maior número de denúncias sobre exploração sexual de crianças e adolescentes com 1322 registros e só em 2011 já foram contabilizadas 211 denúncias. Por isso, mais uma vez eu reforço a importância desse trabalho de mobilização para que mais e mais pessoas se conscientizem e denunciem.

A exploração sexual de crianças e adolescentes é crime. Fique atento e denuncie: Ouvidoria SMAS 3973-3800 / Disque-Denúncia 2253-1177

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

O colunista Ancelmo Gois publicou hoje, em O Globo, uma nota sobre a exploração sexual infanto-juvenil onde consta que, apenas no primeiro trimestre de 2011, os comunicados de abuso sexual infanto-juvenil ao Disque-Denúncia já somam 5 mil, praticamente a metade do total registrado em 2010 com 10.385 comunicados. Entendo que o aumento das denúncias pode ser explicado pela ampla divulgação do serviço de teleatendimento, mas também pelo impacto das campanhas de sensibilização e de outras ações de mobilização que procuram alertar a comunidade para os riscos da exploração dentro e fora de casa.

Dia 18 de maio celebramos o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e para destacar a importância deste trabalho, a SMAS irá realizar a partir desta terça-feira, 17/05, a Semana de Sensibilização contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na cidade do Rio de Janeiro. A iniciativa tem o objetivo de promover ações educativas à conscientização da prevenção, atendimento e acompanhamento do desenvolvimento da sexualidade de forma segura, saudável e protegida. A abertura oficial está marcada para às 14h no Largo da Carioca, no Centro.

A realização de campanhas públicas como esta, com causas tão relevantes para a sociedade, é fundamental. Essa divulgação é importante para que a população saiba que existem políticas públicas voltadas ao combate desse tipo de crime. O trabalho de mobilização é o momento certo para conscientizar a população sobre a importância da denúncia e traz bons resultados, fazendo com que todos fiquem mais atentos e em alerta para a suspeita de novos casos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Não podemos desistir de recuperar essa população

Como todos sabem, a Secretaria Municipal de Assistência Social vem realizando operações sistemáticas, em parceria com as polícias estaduais e a Guarda Municipal, para retirar moradores de rua em todas as regiões do Rio. Nos últimos 45 dias, foram mais de 500 pessoas. No total, 412 adultos e 121 crianças e adolescentes, a grande maioria envolvida com o uso de crack e com a prostituição.

Hoje, realizamos mais uma no Jacarezinho. Aliás, ali já foram duas ações em uma semana. As operações têm se repetido, pois é somente na insistência que vamos produzir bons resultados. Queremos que esse trabalho seja incorporado à rotina da secretaria. Não podemos desistir de recuperar essa população. Vamos aumentar nossas vagas nos abrigos e, enquanto essa possibilidade de recuperação existir, vamos trabalhar para convencer e acolher essas pessoas que precisam de uma nova chance.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quanto custa criar um filho?

Nesse mês de maio, Mês das Mães, uma questão importante, delicada e desafiadora ganha destaque e nos chama atenção, mais uma vez: “quanto custa criar um filho?”. Especialistas em finanças fazem e refazem cálculos sobre as condições econômicas da maioria das famílias brasileiras e orientam: 'Criar um filho hoje em dia tem que ter planejamento'.

Concordo que a criação de um filho, para um mundo bastante diferente que temos hoje, pede planejamento, porém, mais do que calcular as despesas financeiras que essa criança vai gerar, o papel de pai e de mãe exige uma reflexão. O nobre desejo deve ser assumido diante de plena consciência que esse ato envolve muitos outros aspectos que devem ser encarados com responsabilidade. São compromissos recíprocos de longo prazo como a formação cultural, ética e moral dessas crianças e jovens, para que eles possam formar o seu próprio caráter e enfrentar os desafios da vida.


Portanto, criar um filho é, antes de tudo, opção por ser presente, se doar e compartilhar momentos. Os pais precisam saber criar seus filhos para que eles possam conviver em sociedade, para que eles tenham consciência de que vivemos em comunidade e que ser responsável é saber respeitar os outros. A vida é um constante desafio e formar a responsabilidade nos filhos é vencer esse grande desafio.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Precisamos do apoio de todos

Nas operações que realizamos nesses últimos dois meses, em parceria com a Polícia Militar e a Polícia Civil, acolhemos mais de 400 pessoas em situação de vulnerabilidade social e usuárias de algum tipo de susbstância química. A grande maioria é usuária de crack, mas também identificamos usuários de thinner, principalmente na região da Zona Sul.

Ontem, na região do 2º BPM, dos 52 moradores acolhidos, boa parte deles, principalmente os menores, portava garrafas com o solvente. 'É mais barato, tio', disse uma menina de 14 anos e que confessou fazer uso da substância desdes os 9. Ela contou que é fácil conseguir thinner, pois muitas lojas de material de construção vendem o produto utilizado para dissolver outras tintas. Na maioria das vezes, os menores contam com a ajuda de um adulto para realizar a compra e em troca oferecem pequenos objetos roubados ou furtados como pagamento.

Esse fato é uma crescente. As pessoas que estão em situação de rua são levadas cada vez mais a usar esse tipo de substâncias destrutivas como o crack , o thinner e o oxi. E o percentual de crianças e adolescentes dependentes químicos é grande. A SMAS está intensificando essas operações de acolhimento, mas não pode trabalhar sozinha. Precisamos contar com a participação de todos, de órgãos de saúde pública e desenvolvimento social. Além da polícia, temos que ter a atenção da Justiça e da sociedade organizada. É preciso formar uma boa rede para que a gente consiga qualificar o atendimento, continuar a realizar esses acolhimentos, medicar quando necessário e ampliar a discussão sobre o problema para que possamos desenvolver outras alternativas eficazes de atendimento.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A palavra de ordem é a 'insistência'

Duas operações realizadas pela SMAS, com o apoio das polícias Militar e Civil, nesta quinta e sexta-feira, 05 e 06 de maio, retirou das ruas mais de 130 pessoas envolvidas com o uso do crack e com a prostituição infantil. Hoje, atuamos na cracolândia do Jacarezinho e acolhemos 87 pessoas (14 crianças e adolescentes e 73 adultos). Todos foram encaminhados para as nossas unidades de abrigagem, assim como aconteceu ontem, após a operação que realizamos na área da Ceasa. Identificamos 58 pessoas envolvidas com exploração sexual e uso de drogas, entre elas uma adolescente, e os direcionamos para a os abrigos dos município.

Como informa a matéria publicada na revista Veja Online, a polícia e a Prefeitura trabalham juntas para tentar conter o avanço do crack no Rio. O acolhimento de usuários é o primeiro passo, apenas uma parte do combate, mas se for feito sozinho pode ter pouca eficácia porque eles não são obrigados a permanecer nos abrigos e podem voltar para as ruas quando bem entenderem.

Porém, nossa palavra de ordem é a 'insistência'. O avanço do crack é um problema de saúde pública gravíssimo e precisa ser encarado como tal por parte dos governantes e da sociedade. E por tudo isso, sigo defendendo a urgência da criação de uma política nacional de combate e prevenção ao uso desse tipo de droga e de outros tipos que já estão se instaurando por aqui, como o Oxi, por exemplo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Domingo, Dia das Mães e dos filhos também


No próximo domingo, 08/05 comemoramos o Dia das Mães, uma data emblemática e revestida de muito simbolismo, carinho e emoção. Porém, este não é o único cenário que temos. Outros ambientes preocupantes, repletos de incertezas, prosperam em nossas cidades e nos afligem como ervas daninhas consumidoras de vidas. Refiro-me, especialmente àqueles tomados pelas drogas, cada vez mais poderosas, dominadoras e destrutivas.

Muitas mães perdem seus filhos para o crack. Em busca de liberdade, algumas crianças fogem de casa e se entregam ao vício. Outros, filhos de jovens dependentes químicos, nasceram e cresceram nas ruas.

Além do acolhimento e do tratamento desses usuários, faz parte do trabalho da SMAS buscar a ressocialização desses menores e o retorno à família de origem, quando isso é possível. Caso a família não seja localizada após a conclusão do tratamento, essas crianças são encaminhadas às nossas unidades de abrigagem ou aos núcleos do Família Acolhedora, um programa de acolhimento provisório para meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social.

Mais informações sobre nossa rede de acolhimento na Ouvidoria da SMAS 3973-3800.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mais vagas, mais vidas recuperadas

Participei do Bom Dia Rio desta quarta-feira, 04/05, com uma entrevista ao vivo sobre o acolhimento e o tratamento de crianças e adolescentes viciados em crack. Direto do Centro de Atendimento à Dependência Química Dr. Bezerra de Menezes, em Guaratiba, a repórter também mostrou um pouco das instalações da unidade e conversou com uma adolescente que havia recebido alta e se disse preparada para voltar ao convívio da família e enfrentar a vida do lado de fora.

No trabalho que realizamos com esses menores, a gente conta com o apoio da Vara da Infância e da Juventude e do Ministério Público para que eles possam permanecer por um período determinado em nossas unidades e assim receber o tratamento adequado. Já com os adultos, a situação é outra. É preciso que eles estejam dispostos e tenham vontade de se tratar.

Nosso objetivo é ampliar para oito o número de abrigos especializado em tratamento de dependentes do crack. Em breve, vamos aumentar de 76 para 106 o números de vagas municipais para o tratamento de crianças e adolescentes com a reabertura da Casa Viva em um novo espaço de acolhimento onde a Assistência Social e a Saúde irão trabalhar juntas.

O crack é uma epidemia nacional, é importante que o assunto seja debatido constantemente para que a sociedade também se envolva com essa questão.

Confira a entrevista completa ao Bom Dia Rio.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma nova oportunidade de vida


No último domingo, dia 2, a Revista O Globo publicou uma reportagem especial com histórias de ex-moradores de rua que participaram de um projeto pioneiro da SMAS e conseguiram retomar suas vidas. Na época em que residiam nos abrigos municipais, essas pessoas foram encaminhadas para um cursos de capacitação profissional promovido pela secretaria em parceria com a Venerável Ordem Terceira (VOT). Da primeira turma de 32 alunos,16 deles já estão empregados formalmente, trabalhando como garçons, cabeleireiros, marceneiros e pedreiros.

Como consta na reportagem, 'são homens e mulheres graduados em superação e essa iniciativa pode, em alguns anos, ser lembrada como o começo de uma mudança significativa para a nossa cidade'. Temos certeza que isso vai acontecer ao longo do tempo. Estamos trabalhando para que novas edições deste curso e outros projetos semelhantes se multipliquem e promovam a reinserção social de homens e mulheres que precisam de uma nova oportunidade de vida.

Confira a reportagem da Revista O Globo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ações que salvam vidas

Nesta segunda-feira, equipes da SMAS realizaram uma grande operação para o acolhimento de usuários de crack em Madureira, em parceria com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar. Das 83 pessoas retiradas das ruas, uma pessoa com problemas com a justiça foi identificada e detida, 14 retornaram para suas residências e 68 foram acolhidas pela SMAS. Na última sexta-feira (29/04), a secretaria também realizou uma operação na Lapa e foram acolhidas 66 pessoas. Duas menores foram pegas com 21 pedras de crack e encaminhadas para o cumprimento de medidas socioeducativas por tráfico de drogas.

A questão do crack entrou de forma muito rápida na população de rua, principalmente nos últimos cinco anos. É uma situação muito triste, trágica e de abandono. E o grande desafio da Assistência Social é fazer com que essas pessoas que estão nas ruas entendam que o melhor para elas é estarem em um abrigo onde serão acolhidos e receberão tratamento adequado. Aqueles que aceitam o abrigamento são avaliados por equipes de assistentes sociais e psicólogos que atuam em nossas unidades e realizam um trabalho de convencimento para que os usuários iniciem tratamento na rede de saúde municipal.

O crack é um problema muito sério e estamos buscando novas alternativas para resolver esse problema e uma delas é a criação de novos centros especializados em atender moradores de rua que sejam usuários de drogas. Também vamos seguir com as ações de acolhimento, sempre com o apoio de nossos parceiros, para que essas pessoas sejam retiradas das ruas e recebam um tratamento eficaz.