Quarta-feira última, 21, o IBGE tornou pública uma triste e
melancólica realidade brasileira ao revelar que 11,425 milhões de brasileiros
(6% da população do país) vivem amontoados por 3,224 milhões de moradias
precárias rotuladas por aquele instituto de pesquisas como sendo “aglomerados
subnormais”, ao informar novos dados sobre o Censo de 2010. Os números retratam
um Brasil de desigualdades socioeconômicas bastante graves, superior mesmo à
população de Portugal (10,7 mi) ou a três Uruguais (3,3 milhões). Se comparados
com os dados do Censo de 2000, quando identificou 6,5 milhões moradias nessa
condições, o crescimento foi de 75% em uma década, contra os 12,3% do total da
população brasileira.
A cidade do Rio possui a maior população residente em
favelas (1,393 mi), superando São Paulo, na segunda posição (1,280 mi). Segundo
especialistas, esse quadro reflete o fracasso de uma política pública
habitacional de longo prazo permanente, além do grande atrativo oferecido pela
região em relação a oportunidades de trabalho e o acesso a outros benefícios
sociais, inexistente em seus estados de origem.
No Rio esse triste quadro começa a ser gradualmente
modificado, fruto da presença do Estado nessas comunidades a partir de ações
concretas de políticas públicas de inclusão social, com a retomada de
territórios antes ocupados pelo tráfico e milícias. A fixação de UPP's em áreas
de forte vulnerabilidade social, tem permitido que agentes públicos municipais
possam levar a essas comunidades serviços de infraestrutura e essenciais ao
novo desenho socioassistencial que a Prefeitura do Rio que moldar para as
comunidades de baixa renda. Com a qualificação das pessoas na formalidade
econômica a partir de capacitação voltadas às exigências do mercado de
trabalho. Também estamos chegando a essas comunidades com os programas Cartão
Família Carioca, Clínicas da Família, Escola do Amanhã, entre outras ações de
relevância social.
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