segunda-feira, 25 de julho de 2011

E se fosse com os filhos deles?

Hipocrisia. Na minha opinião, essa é a melhor definição para a campanha lançada pela OAB- RJ contra o acolhimento compulsório das crianças e adolescentes viciados em crack. Tenho certeza absoluta que se a criança usuária de drogas fosse filho ou filha de algum dos participantes dessa campanha, seria imediatamente internada em alguma unidade de reabilitação. Sinceramente, é uma grande hipocrisia defendermos o direito de ir e vir desses usuários, pessoas em situação de vulnerabilidade social, que há algum tempo já não têm direito à infância, saúde, alimentação, moradia, entre tantas outras coisas. Estamos tratando de crianças e adolescentes que não são capazes de decidirem se devem continuar ou não usando drogas.

O potencial do crack é muito forte. As cracolândias não podem fazer parte da paisagem da cidade. Além de serem ambientes convidativos ao uso de drogas, são espaços que destroem vidas, dilaceram as famílias, causam problemas à comunidade e degradam o seu entorno. O número de delitos em uma região onde existe cracolândia é sempre alto mas, quando realizamos alguma ação no local esses dados reduzem drasticamente. É um problema que afeta a toda a sociedade porque um usuário de crack tem um potencial ofensivo muito grande. Estamos vivendo uma epidemia do crack e é importante que a população esteja ciente disso.

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