sexta-feira, 27 de abril de 2012

Construir igualdades sociais, eliminando injustiças


O tema da desigualdade social é polêmico, sensível a controvérsias. Um passo decisivo foi dado, unanimemente, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar procedente a reserva de vagas para negros nas universidades públicas brasileiras. A decisão, no entanto, não encerra o debate sobre o tema, uma vez a Corte alinhar em sua pauta série de consultas relacionadas a aspecto periféricos a direitos à inclusão e exclusão sociais.

No Rio, das 98 universidades federais e estaduais, 70 delas oferta algum tipo de ação afirmativa, como, por exemplo, cotas a portadores de necessidades especiais, estudantes oriundos de escolas públicas e baixa renda.

Entendo que o debate somente está começando, mas significa, certamente, um avanço muito importante para construirmos a sociedade que queremos, mais justa, de igualdades sociais mais próximas, com eliminação de injustiças secularmente enraizadas, com mais oportunidades e sem diferenças de raças, credos ou estratos sociais. Quero também destacar a sensibilidade e a coragem dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao não fugir com o compromisso institucional constitucional ao firmar jurisprudência alinhada a juízo de valor em conformidade aos anseios da sociedade, mesmo diante de controvérsias.

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