sexta-feira, 29 de abril de 2011

O trabalho que rouba a infância

Pesquisas apontam que o trabalho infantil no Brasil está em queda, mas os dados ainda são alarmantes. Apesar das ações desenvolvidas em todas as esferas de governo, Brasil ainda tem 4,3 milhões de crianças e adolescentes vítimas de exploração, em trabalhos que vão desde as usuais atividades domésticas à prostituição.

Na edição do jornal O Globo desta terça-feira, Ancelmo Gois destacou um estudo sobre o tema, realizado pela Universidade Federal Fluminense: em 2001, mais de 130 mil meninas (entre 10 e 14 anos) trabalhavam como domésticas. Em 2009, esse número diminuiu para 101 mil.

Mesmo com essa redução, o trabalho infantil ainda é um grande problema social no país. As milhares de crianças que abandonam a escola, ou que dividem o tempo entre a escola e o trabalho, deixam de ter seus direitos preservados e são fortes candidatas ao sub-emprego, alimentando o ciclo da pobreza no país.

Aqui no Rio, trabalhamos em parceria com o Governo Federal para combater essa exploração. Desenvolvemos o Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (Peti), para atender seis mil crianças e adolescentes de 0 a 15 anos e 11 meses, afastá-los das ruas e mantê-los em salas de aula. Pelo Peti são desenvolvidas atividades educativas, lúdicas, artísticas e recreativas no período complementar à escola, além de proporcionar aos jovens reforço escolar, atendimento psicológico e acompanhamento de assistentes sociais. As famílias dos beneficiados recebem bolsa-auxílio mensal e, como contrapartida, é exigida a freqüência mínima de 75% nas escolas e também nas oficinas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Entregar um recém-nascido para adoção não é crime, salva uma vida

O abandono de recém-nascidos no Brasil vem se tornando alarmante. A estatística reveladora é que, na maioria dos casos, a prática é feita pelas próprias mães. O problema assusta a todos nós autoridades responsáveis pela condução de políticas públicas voltadas ao bem-estar do menor. É preciso enfatizar que entregar um recém-nascido para adoção não incrimina a mãe, ao contrário, salva a vida de um inocente.

Não queremos nos aprofundar em reflexões sobre os motivos que levam uma mãe a se desfazer de uma vida, mas essa realidade crescente em tempos de globalização urbana, encontra-se registrada na antiguidade com o episódio de abandono envolvendo Moisés, mas como tentativa de preserva-lhe sua vida.

Antes de abandonar um bebê a mãe pode encaminhá-lo a um agente público, que vai cumprir trâmites legais para lhe garantir o direito à vida com dignidade, afeto, amor. Existem instituições reguladoras, como os juizados da infância e da adolescência, as secretarias de assistência sociais, os conselhos tutelares, dos direitos das crianças e dos adolescentes, a Promotoria da Infância e da Adolescência com seus centros de apoio, entre outros organismos da estrutura de acolhimento. Enfim, é preciso ampliar o debate e discutir com a sociedade caminhos para salvar as vidas desses inocentes.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sem direito à vida, submissão à droga

Na manhã desta quarta-feira, 27, acompanhei o lançamento da Campanha de Prevenção ao Uso de Drogas nas escolas, na Escola Municipal Orsina da Fonseca, na Tijuca. É uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação com atividades educativas, distribuição de uma cartilha para alunos do 6º ao 9º ano, além de peças gráficas produzidas pela MultiRio.

Cada vez mais poderosas em sua capacidade destrutiva, as drogas acabam com os sonhos de vida, sem dar direito para que jovens possam construir seus próprios universos. Uma realidade cada vez mais presente, numa esquina, numa rua, numa praça, dentro de um lar desfeito. A cocaína, o crack, e, mais recentemente, o oxi. Todas elas matam e cada vez mais rápido, em poucas semanas. Triste, muito triste, melancólico mesmo.

Na cidade do Rio, estamos trabalhando e agindo com ações pró-ativas para reverter este cenário na certeza de que iremos conseguir vencer essa luta tão desigual. Porém, o esforço tem que ser conjunto, de todos, do Poder Público, da sociedade civil e, principalmente, da família, que de perto deve acompanhar seus filhos sem nunca se descuidar. A qualquer percepção de alterações nas atitudes comportamentais o alerta deve ser acendido.

Brevemente, vamos reinaugurar a Casa Viva, na Zona Sul do Rio, para acolher e tratar jovens usuários e dependentes químicos. Na Zona Oeste temos três unidades funcionando que abrigam e tratam 60 jovens dependentes químicos, 40 deles meninos e outras 20 meninas. A SMAS mantém também a Unidade Municipal de Acolhimento Irmã Dulce, para abrigamento especializado de mulheres em situação de risco. Ao ano os centros da Zona Oeste do Rio faz mais 700 atendimentos e ali 260 crianças e adolescentes receberam tratamento especializados. Para nossa felicidade, 70 deles foram registrados como casos de sucesso com recuperação integral.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Assistência Social em alerta por causa da chuvas

O Rio entrou em estado de alerta por causa da forte chuvas que caiu na madrugada. Foram registrados quatro deslizamentos de terra em favelas da Zona Norte. Equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) estão de prontidão desde o início da noite de ontem, integradas ao sistema do Centro de Operações Rio da Prefeitura. A SMAS disponibilizará cestas básicas, colchonetes, material de higiene pessoal e de limpeza, para as famílias desalojadas pelas chuvas.

Na área da 2ª Coordenadoria de Assistência Social (CAS), uma das regiões mais afetadas, assistentes sociais da secretaria acompanham famílias das comunidades João Paulo II, no Andaraí, e da Formiga, na Tijuca. Nossas equipes também estão prestando atendimento a uma família que perdeu a residência no Lins, e a um menino que chegou a ser atingido por um deslizamento, no Morro dos Macacos. O abrigo Rio Acolhedor, em Paciência, também disponibilizou 150 mil peças de roupas para as vítimas das chuvas.

De acordo com o Centro de Operações, a probabilidade de escorregamento é muito alta nas encostas da região da Grande Tijuca, Andaraí, Lins, Grajaú, Rio Comprido e Alto da Boa Vista. A orientação da Defesa Civil é para que as pessoas que moram em áreas de risco se dirijam a pontos de apoio em locais seguros e permaneçam lá até a chuva parar.

Mais informações sobre as ações de assistência social pela Ouvidoria da SMAS: 3973-3800.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Estudo liga bullying a violência familiar

Uma matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo, na última semana, traz um estudo realizado recentemente nos Estados Unidos e aponta uma ligação entre bullying e eventos fora das escolas. O Centro de Prevenção ao Controle de Doenças (a agência de saúde pública dos EUA), analisou dados de estudantes de escolas de Massachusetts e descobriu que os bullies (agressores) e suas vítimas reportaram já terem sofrido violência psicológica por algum membro da família ou que presenciaram atos de violência em suas casas com uma frequência muito maior do que os não envolvidos em bullying.

Além de uma lista de questões sobre suas notas, saúde, uso de drogas e violência familiar, entre outras que foram consideradas pelo levantamento, os estudantes tiveram de responder se praticavam ou eram vítimas de bullying. A pesquisa concluiu que 43,9% dos alunos do ensino fundamental foram afetados, assim como 30,5% dos que frequentavam o ensino médio. Também foi constatado que a probabilidade de ocorrer problemas de saúde mental ou o uso de bebidas alcoólicas em decorrência do bullying, foi significativamente elevada tanto para os praticantes da violência, quanto para as suas vítimas ou para os 'praticantes-vítimas'. Sim, porque quem sofre a violência pode transmiti-lo adiante, o que torna ao comportamento uma prática sem fim.

Massachusetts aprovou uma legislação contra o bullying em maio de 2010, que proíbe a ação em escolas e na Internet. Esse é um bom exemplo que podemos adotar. Temos que exigir que as escolas desenvolvam práticas para evitar o problema e para intervir se algum caso for descoberto. Os professores e os pais têm um papel muito importante na prevenção.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mobilização em Defesa da Criança e Adolescentes em Situação de Rua

A Lapa será palco de uma série de atividades artísticas e de prevenção, que marcam o Dia Nacional de Mobilização em Defesa das Crianças e Adolescentes em Situação de Rua. A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente e a Rede Rio Criança são alguns dos órgãos que estarão juntos para alertar a sociedade e o poder público sobre o desrespeito aos direitos da criança e adolescentes garantidos na Constituição e no Estatuto da Criança sobre diferentes modalidades de abusos e violências.

Estarão na Lapa autoridades governamentais e organizações da sociedade civil preocupadas com o problema social. Ao longo do dia acontecerão oficinas lúdicas, atividades esportivas e de lazer, encenações teatrais sobre a temática da mobilização, orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis com distribuição de preservativos, apresentações musicais, distribuição de material informativo e educativo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Censo revela que população infanto-juvenil diminuiu 33% no Rio

Os resultados do 6º Censo da População Infanto-Juvenil Acolhida no estado do Rio de Janeiro, divulgados na última semana, revelaram dados bastante positivos, especialmente aqueles extraídos do Módulo Criança e Adolescente (MCA) do Ministério Público do Estado. O documento mostra que do total dos menores acolhidos nos abrigos, 53% deles voltam a viver com suas famílias Estamos certos que muito ainda falta a ser feito, que a caminhada é longa e, sobretudo, desafiadora, mas compensadora. Uma guerra que precisa ser vencida, batalha após batalha, mesmo que duradoura em sua trajetória. O objetivo final é não ver mais crianças ou adolescentes vivendo nas ruas, mas sim com um teto, um lar como abrigo, como futuros cidadãos.

Tenho certeza de que a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio tem se empenhado com seus profissionais em redefinir este cenário tão preocupante, cumprindo, assim, seu papel de atribuições constitucionais. Nossa secretaria, num esforço conjunto com outras unidades assistenciais municipais, os Conselhos Tutelares, entidades de acolhimento (que no estado somam 239) e também o Ministério Público do Estado vem desenvolvendo políticas públicas consistente, reduzindo em 33% o número de menores morando nas ruas. O dados comparativo consta do 1º Censo da População Infanto-Juvenil, em 2008, quando registrou 3.732 menores morando nas ruas do estado, para agora somar 2.489. Finalmente, confirmo que o acolhimento, nesse período, colocou 19,1% das crianças e adolescentes na convivência de famílias substitutas, sob a forma de tutela, adoção e guarda.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A mais nova droga assusta a todos nós

Assustadora! Esta é a sensação que me acolhe de surpresa diante da notícia de mais uma terrível e destrutiva droga que começa a circular entre a população de usuários. Seu nome: oxi. Ao que tudo indica com capacidade mais desvassaladora que o crack. Capaz de destruir e matar pessoas em poucas semanas. A nova droga é um subproduto da cocaína, mais barato, portanto de mais fácil propagação. Resultante da mistura da pasta de cocaína e solventes é transformada em pedras para consumo em cachimbos. Vinda do Peru e da Bolívia, a rota de entrada acontece através da cidade de Rio Branco, no estado Acre, daí espalhando-se por cidades do Centro Oeste e Norte-Nordeste. Contudo, já houve apreensões nas cracolândias de São Paulo. Estamos cientes de que sua circulação em nossa cidade e estado é uma questão de tempo.

Então, o que fazer? Que medidas podemos nós autoridades, que atuamos diretamente com situações de risco, envolvendo jovens e população de rua, planejar para o combate e esse perigo iminente? O cenário se mostra muito preocupante. Precisamos nos juntar numa cruzada de esforços conjuntos, sociedade, entes federativos e organizações comprometidas com o problema das drogas, para enfrentarmos mais este desafio imposto por traficantes. O oxi não é produzido no território brasileiro, mas mata e destrói vidas de brasileiros. Num primeiro momento, estamos atentos e estudando medidas que serão aplicadas pela Prefeitura do Rio no enfrentamento a mais este desafio.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Indenização e carinho para as famílias das vítimas de Realengo

O prefeito Eduardo Paes vai indenizar as famílias das 12 crianças vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira. Aprovo integralmente a decisão de Eduardo Paes, que mostra profunda sensibilidade emocional, carinho e solidariedade aos familiares pela trágica perda das vidas desses jovens, prematuramente.

Nesse sentido, o prefeito autorizou a Procuradoria Geral do Município fazer estudos técnicos para definir parâmetros e estabelecer prazos com valores justos envolvendo as mortes. Por outro lado, Eduardo Paes quer ainda que a Defensoria Pública do Município faça acompanhamento e dê assistência jurídica gratuita às famílias das crianças, agilizando o processo.

Uma única pendência envolve o episódio e demanda decisão final: se as famílias das crianças feridas também terão o benefício estendido ou não. Entendo que uma solução equilibrada e de bom senso irá aflorar. Mesmo não devolvendo vidas tão importantes, a Prefeitura do Rio mostra-se presente, buscando reparar um dano impensável em sua extensão que pudesse ocorrer em nossa cidade.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Esmola que perpetua a pobreza!

Dar esmola ainda é um assunto polêmico. Há quem diga que é como discutir religião, time de futebol, política... Mas o fato é que dar esmola não é correto. Ela acaba por sustentar as pessoas na rua, alimentando, inclusive, seus vícios. Existem abrigos públicos, mas muitos deles não querem nem passar perto, por conta das regras desses espaços. Em geral, as pessoas dormem na rua porque preferem assim.

A prefeitura do Rio de Janeiro, através da SMAs, mantém 53 abrigos pela cidade, com projetos, exatamente, para tirar as pessoas da rua e dar a elas a assistência necessária. Isso inclui dar alimentação, capacitação profissional, possibilidade de reinserção à família e encaminhamentos para a rede de saúde. Podemos atender os pedintes nesses projetos. Dar esmola não é certo, já que favorece o consumo de droga e álcool. Muitas pessoas dão moedas apenas para ficar livres. É uma atitude que pode levar o pedinte para o fundo do poço. A esmola perpetua a pobreza e a miséria e estimula a permanência das pessoas nas ruas e que ficam fora do sistema de proteção social existente na prefeitura.

As pessoas devem contribuir apenas para instituições consideradas idôneas.

Você pode saber mais sobre os abrigos da cidade do Rio através da Ouvidoria da SMAS: 3973-3800.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Demonstrações de solidariedade continuam

Indignação e solidariedade são os sentimentos que, juntos, estão dentro de todos quando se fala na morte dos estudantes de Realengo. Reproduzo aqui a manifestação do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente da cidade do Rio de Janeiro.

MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da Cidade do Rio de Janeiro (CMDCA Rio), em Assembléia Ordinária, realizada no dia 11 de abril de 2011, delibera pela aprovação de Moção de Apoio e Solidariedade à comunidade escolar da Escola Municipal Tasso da Silveira, em virtude do atentado sofrido no último dia 07 de abril.

A tragédia ocorrida em Realengo nos deixou perplexos, indignados e em estado de luto. Porém, as crianças e adolescentes feridas e aquelas que estão traumatizadas pelo sofrimento e pela perda precisam de apoio e precisam que a vida volte a ter sentido. Assim, limpemos as nossas lágrimas e sigamos insistindo nos sentimentos de solidariedade, de humanismo, de civilidade e de justiça, pois é necessário transformarmos a tristeza em ação para construirmos coletivamente uma cultura de paz.

O CMDCA Rio, em apoio e solidariedade à comunidade escolar, se coloca à disposição e conclama a sociedade a participar no sentido de pensar e propor políticas públicas de enfrentamento ao cotidiano de violência vivenciado por crianças e adolescentes.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O combate à dengue tem que ser feito todos os dias

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil divulgou nesta terça-feira os novos números da dengue na cidade do Rio: este ano, até agora, foram registrados 20.744 casos da doença. Até segunda-feira, haviam sido registrados 19.603 casos de dengue no Rio, com 11 óbitos. Hoje, pela primeira vez, agentes de combate à dengue foram autorizados a entrar em imóveis abandonados no subúrbio do Rio, sem a presença dos proprietários. Só o esforço coletivo pode conter o avanço do Aedes Aegypti. A dengue está se alastrando e é nosso dever ajudar a passar informações. Como não existem formas de erradicar totalmente o mosquito transmissor, a única forma de combater a doença é eliminar os focos. Vou repetir aqui o que especialistas recomendam:

- Não deixe a água se acumular em vasos, calhas, pneus, latas;
- Mantenha as calhas limpas e desentupidas;
- Mantenha fechadas as caixas d’água, poços e cisternas;
- Não cultive plantas em vasos com água. Use terra ou areia;
- Trate as piscinas com cloro e faça a limpeza constante;
- O ideal é deixár as piscinas cobertas ou vazias quando não forem usadas;
- Avise a um agente de saúde sobre alguma situação com risco de proliferação da doença.

Outra coisa muito importante é, no caso de sintomas, procurar logo um médico. Não dá para correr o risco de achar que é uma simples gripe e ficar fazendo tratamento caseiro. As pessoas têm que se conscientizar de que o combate à dengue tem que ser feito todos os dias.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SMAS avança em ação pela Paz

Durante o trabalho que as equipes das Secretarias Municipais de Assistência Social (SMAS) e de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) realizaram no final de semana, junto às famílias dos estudantes da escola municipal Tasso da Silveira, foram visitadas 674 famílias. Todas foram muito receptivas e conversaram com nossos psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros. As famílias ainda estão muito abaladas. As crianças, principalmente, estão com medo de retornarem à escola. Sabemos que esse processo de recuperação é lento e por isso estamos oferecendo todo o apoio para que essas pessoas possam retomar suas vidas. Essa ação concentrada vai continuar por tempo indeterminado. Além das visitas, nossos CRAS (Centros de Referência da Assistência Social) estão de portas abertas para dar toda a atenção que a comunidade precisa.

As aulas serão retomadas na próxima semana e a secretária de Educação, Cláudia Costin, já anunciou uma 'reinvenção' da escola Tasso da Silveira, com a realização de oficinas envolvendo pais, alunos e professores para ajudar nessa difícil retomada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Apoio por tempo indeterminado

As equipes da Secretaria Municipal da Assistência Social (SMAS) irão continuar, enquanto for necessário, com o trabalho de apoio socioassistencial às famílias das vítimas da tragédia da Escola Municipal Tasso da Silveira. Além da assistência psicológica na própria escola, nos hospitais para onde foram encaminhados os feridos e no Instituto Médico Legal, os profissionais estão auxiliando os familiares no processo de reconhecimento dos corpos e nos trâmites necessários para os sepultamentos. A Prefeitura, por meio da SMAS, disponibilizou o custeio de todos os sepultamentos para as famílias que desejassem. Até o momento foram confirmados onze sepultamentos para hoje.

Também vamos dar início, a partir de amanhã, às ações de acompanhamento psicológico e social, por tempo indeterminado, às famílias dos 1.172 alunos da escola de Realengo. Serão realizadas visitas domiciliares com o objetivo de identificar as necessidades das famílias, para depois encaminhá-las ao atendimento da rede especializada do município. Também serão organizados grupos de convivência nos Centros de Referência Especializados da Assitência Social (CREAS), para que essas pessoas possam receber todo o apoio necessário, superem esse trauma e consigam retomar suas atividades.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia em Realengo

Esta tragédia na escola em Realengo não tem precedentes no Brasil. O atirador invadiu a escola municipal Tasso da Silveira, abriu as portas das salas de aula e mirou contra a cabeça dos alunos. Como pode uma pessoa fazer isto com crianças? Uma ação premeditada contra inocentes. Foram onze mortes e mais de 20 alunos ficaram feridos. A população do Rio está chocada, e a nós, enquanto poder público, cabe dar todo o apoio e assistência que essas pessoas precisam.

Equipes das 7ª, 8ª, 9ª e 10ª CAS da SMAS estão mobilizadas para prestar atendimento às famílias envolvidas direta e indiretamente nessa tragédia. Assistentes sociais e psicólogos da secretaria acompanham as famílias das vítimas na escola Tasso da Silveira e nos hospitais Albert Schwietzer, Saracuruna, Into, Adão Pereira Nunes, Pedro Ernesto e da PM. Profissionais do Núcleo de Direitos Humanos da SMAS também estão presentes nos locais para prestar atendimento jurídico às famílias das vítimas.

Mais informações sobre a Rede de Proteção Social do município na região de Realengo pelo telefone 3973-3800 - Ouvidoria da SMAS.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Perseguição implacável... E muito perigosa!

A estudante de enfermagem Ana Claudia Karen Lauer, de 20 anos, foi espancada por três alunas na última sexta-feira, 1, em frente à sua escola, em Ribeirão Preto. Ela teve fratura no nariz. Segundo a jovem, a agressão teria acontecido porque reclamou à coordenação que estaria sofrendo bullying e sendo hostilizada pelos colegas.

No mesmo dia, a Justiça do Rio condenou o Colégio Nossa Senhora da Piedade, Zona Norte do Rio, a pagar uma indenização de R$ 35 mil, por danos morais, à família de uma ex-aluna, na época com sete anos, que sofreu bullying em 2003. Ela foi espetada na cabeça por um lápis, arrastada, sofreu arranhões, socos, chutes, gritos no ouvido, palavrões e xingamentos.


O bullying, é uma ameaça. A vítima sofre calada, na maioria das vezes. O crescimento dos casos fez soar um alarme social político e educativo, gera debates, mas, lamentavelmente, não freia o fenômeno. É fundamental o reconhecimento pela sociedade, pelos pais e sobretudo pelas escolas de que o bullying, é danoso e não pode ser admitido. À escola compete reunir todos os participantes e as famílias. Os pais e os alunos têm que obrigatoriamente participar.

Quem sofre o maltrato sente dor, angústia, medo, a tal ponto que, em alguns casos, as consequências são devastadoras. O suicídio é uma delas.


Vítima de bullying posta vídeo de protesto e ganha seguidores na web:
http://migre.me/4bLN2

terça-feira, 5 de abril de 2011

Violência contra crianças. Não se cale!

Na noite de ontem (segunda, 04), chegou ao conhecimento de todos mais um caso de violência contra criança. Os irmãos de 8 e 6 anos foram encontradas em casa com marcas de agressão. A polícia chegou até a casa da família, numa comunidade no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, após uma denúncia anônima. O principal suspeito é o padastro, que se relacionava com a mãe da criança há cerca de um ano. A violência contra crianças e adolescentes é um grave problema social, que está presente em todas as partes do mundo, e independe de culturas, classes sociais, sexo e etnia. Vale ressaltar que ela inclui violência física, psicológica, discriminação, negligência e maus tratos.

Se você conhece casos de violência ou se é vítima, converse com alguém em quem confia. O principal órgão de proteção da criança e do adolescente é o Conselho Tutelar de sua cidade. É ele que verifica se os direitos das crianças estão sendo cumpridos.

Se a sua cidade não tiver um Conselho Tutelar, Você também pode telefonar para o Disque 100. A ligação é gratuita e recebe denúncias de abuso sexual e outras formas de violência de todas as cidades do Brasil.
O importante é não ficar calado.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio, Neidy Silva, falou sobre a atuação do Conselho Tutelar.
Clique aqui para assistir a entrevista.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Campo minado

Os moradores de Copacabana estão apreensivos, com medo de transitar pelas ruas devido à precariedade dos transformadores da Light que explodem bueiros no meio da rua, em plena luz do dia, e coloca a vida das pessoas em risco.

No último episódio, na sexta-feira (1º/04), em Copacabana, quando cinco pessoas ficaram feridas, a explosão do bueiro foi tão forte que a tampa de ferro foi arremessada a uma altura de 4 m, abrindo uma cratera na pista. Não podemos mais encarar isso como um acidente, essas explosões de bueiros no Rio têm se tornado um problema recorrente.

Após o acontecido, a própria Light admitiu que cerca de 420 transformadores precisam ser trocados, sendo que 130 deles estão em situação mais críticas e correm risco de explodir a qualquer momento. Isso significa que temos 130 bombas-relógios espalhadas pelo subterrâneo da cidade, principalmente nas regiões do Centro e Zona Sul.

Porque a Aneel, no seu papel de agência reguladora, não exige a substituição desses equipamentos com mais de 30 anos de uso? A população não precisa de um plano de manutenção do subterrâneo a passos lentos. O que a população precisa é de atitude, que a Light seja obrigada a reparar estes bueiros emergencialmente. A Aneel pode, inclusive, cassar a concessão da Light caso ela não conserte esses transformadores. Mas enquanto isso não acontece, por favor, vamos marcar com um X as tampas dos bueiros que correm o risco de explodir nas próximas horas, para que as pessoas não transitem por ali e não corram riscos. Um verdadeiro campo minado.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Em respeito aos Direitos Humanos

A intolerância sempre foi um dos combustíveis para regimes totalitários e ditaduras sanguinárias. Desde que assumi a SMAS, tenho procurado avançar nas questões relativas ao nosso Núcleo de Direitos Humanos. É nele que desenvolvemos projetos e programas como o Damas e o Agentes da Liberdade. O primeiro tem como meta combater o preconceito e favorecer o protagonismo social de transexuais e travestis. O segundo oferece a chance de reintegração comunitária e ao mercado de trabalho a pessoas que passaram pelo sistema prisional.

Nas duas iniciativas os beneficiários participam de capacitações teóricas e têm a oportunidade de fazer estágios laborativos em instituições públicas e privadas. Com o acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos, a SMAS visa garantir a todos um atendimento digno e a possibilidade da conquista da cidadania plena e melhora na qualidade de vida. Afinal, como preconiza o artigo III da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.