Apoio à Recuperação do Dependente Químico

Mais um avanço no combate ao crack. A Alerj aprovou, ontem, dia 29, o projeto de lei que institui no estado o Programa de Apoio à Recuperação do Dependente Químico. A proposta prevê o desenvolvimento de uma série de atividades de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes de drogas. As ações serão desenvolvidas pela Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos que pretende firmar parceria com entidades religiosas e instituições da sociedade civil sem fins lucrativos, que já atendem usuários e dependentes químicos, por meio do Fundo Estadual de Saúde.

O projeto será enviado para o governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar a proposta. É o Estado do Rio entrando em um novo momento no combate ao crack. Mais do que combater o tráfico de drogas e acolher a quem precisa, o poder público tem a responsabilidade de promover a reinserção social desses homens e mulheres que querem se livrar do vício e buscam por uma nova oportunidade de vida.

Parcerias são sempre muito positivas. A chave da reinserção realmente eficaz, aquela que vai melhorar de fato o panorama da exclusão social é persistir na ideia e atuar em conjunto com as secretarias de Saúde e Segurança. Não é um trabalho fácil, leva tempo, mas é um trabalho que precisa ser feito. Quanto mais êxito tivermos, mais parceiros iremos conseguir. E o que mais queremos agora é que essas ações se multipliquem não só no Rio, mas em todo o país.

Mais de mil acolhimentos em três meses

Desde que começamos com as operações em parceria com as polícias Civil e Militar, em 31 de março, mais de mil moradores de rua já foram retirados das cracolândias e dos principais pontos de consumo de drogas do Rio. Já percorremos todas as regiões da cidade. Só no Jacarezinho, já realizamos seis operações. No Cajueiro foram três, na Zona Sul foram duas, e outras que aconteceram em Manguinhos, Parque União, entorno da Rodoviária, Lapa e Centro.

Em 16 operações, foram retirados 835 adultos e 203 crianças e adolescentes. Nesta semana, realizamos a 7ª ação após a adoção do novo Protocolo de Abordagem Social. Com o novo modelo, 49 jovens foram acolhidos e estão em sistema de abrigamento compulsório. Os resultados nos mostram que estamos no caminho certo, pois os números apontam um declínio significativo.

Veja o gráfico com a sequência dos acolhimentos em algumas comunidades, nos últimos meses:

SMAS retira 58 pessoas da cracolândia de Manguinhos

CLIQUE NAS IMAGENS para acessar o álbum de fotos da operação. Fotos: AF Rodrigues.

Realizamos mais uma operação na manhã de hoje, dia 28, desta vez, na cracolândia de Manguinhos, comunidade da Zona Norte, marcada pela violência. Com o apoio do 22º BPM, DPCA e Guarda Municipal, foram retiradas 58 pessoas (48 adultos e 10 crianças e adolescentes). Entre os adultos estavam duas mulheres grávidas. Os usuários acolhidos foram conduzidos para as unidades da rede socioassistencial da Prefeitura. As crianças passaram por uma avaliação sobre a necessidade de abrigamento compulsório. Para os adultos que manifestarem vontade de seguir para tratamento, a SMAS disponibilizará 28 vagas divididas em duas instituições parceiras, Retiro do Maranathá, em Engenho de Dentro, e Emaús, em Cordovil. Em relação às grávidas, os bebês correm risco de vida e neste caso, se elas não aceitarem o tratamento em saúde, teremos que recorrer à Justiça para solicitar o abrigamento compulsório, como aconteceu com outra gestante há algumas semanas no Jacarezinho.

Durante a operação, a polícia encontrou grande quantidade de drogas, material para o consumo de crack, facas, canivetes, tesouras e documentos roubados. A operação em Manguinhos foi resultado de um trabalho minucioso do 22º BPM, que investigou e mapeou os principais pontos de consumo de drogas na comunidade. A ação teve início às 5h e envolveu um efetivo duas vezes maior do que normalmente é utilizado. No total, foram 133 profissionais. Estas operações serão constantes, sempre com a parceria das polícias Civil e Militar. A existência de cracolândias na cidade do Rio não será encarada como algo normal pela Prefeitura.

Desde o dia 31 de março, esta foi a 16ª operação realizada em parceria com as polícias, e a 7ª após a adoção do novo Protocolo de Abordagem Social. Com o novo modelo, 49 jovens foram retirados das ruas. No total, 70 crianças e adolescentes permanecem em sistema de abrigamento compulsório.

Reinserção social é medida eficaz

Na última semana, a TV Globo mostrou imagens de população em situação de rua espalhadas pelas ruas do Centro. Muitas pessoas perambulando pelas praças, no entorno da Lapa, da Central do Brasil, na rua Uruguaiana e no bairro Glória. Realmente, é uma situação muito difícil e que só piorou com a entrada do crack. Como bem observou o comentarista Rodrigo Pimentel, no RJTV 1, a troca do consumo do álcool pelo crack, entre as pessoas que se encontram nas ruas, fez com que o problema passasse também a ser um questão de segurança pública. Sabemos que não vamos acabar com o consumo de crack na cidade, mas queremos evitar que isso vire uma epidemia, por isso diversas medidas estão sendo tomadas.

Desde janeiro já realizamos mais de oito mil acolhimentos em diferentes regiões da cidade, além das 15 operações em parceria com as polícias Civil e Militar, que já retiraram mais de mil pessoas das cracolândias nos últimos três meses. Também estamos aumentando o número de vagas em nossas unidades de acolhimento e investindo na qualificação de nossas equipes multidisciplinares.

No próximo mês, será inaugurada uma Unidade de Reinserção, em Paciência, com 300 vagas e a oferta de cursos de qualificação profissional, atividades esportivas e outros serviços, para que o abrigamento se torne mais aprazível. Vamos selecionar nas nossas unidades aqueles usuários que queiram começar uma nova vida. É uma iniciativa eficaz que vai reduzir o número de moradores de rua da cidade e também vai transformar os antigos abrigos em novos espaços de cidadania e reinserção à sociedade.

"Invasão Social” na Mangueira

A SMAS promove nesta quarta-feira, dia 22, e também no dia 27, das 9h às 16h, uma “Invasão Social” na comunidade da Mangueira para identificar e atender as necessidades sociais dos moradores. O objetivo é realizar um diagnóstico socioassistencial de aproximadamente duas mil famílias, para verificar se estão ou não em situação de risco social e encaminhá-las para atendimento nos órgãos que integram a rede de serviços da Prefeitura.

Queremos identificar, dentre outras coisas, se as crianças estão frequentando a escola, se foram vacinadas, se apresentam problemas nutricionais ou outros casos de saúde. Também serão avaliadas as questões habitacionais dos moradores, se todos possuem documentos e a necessidade de encaminhamento ao emprego. Também será realizado um mapeamento do território atendido, para auxiliar no desenho de políticas sociais mais eficientes e com maior impacto na vida dessas pessoas.

Número de usuários de crack no Jacarezinho reduziu em 70%

A SMAS realizou nova operação para a retirada de população de rua da cracolândia do Jacarezinho, na manhã desta terça-feira, dia 21. Com o apoio da DPCA, 3º BPM e Guarda Municipal foram retirados no total, 28 adultos e três crianças e adolescentes. Em menos de três meses, esta foi a 6ª operação realizada em parceria com as polícias no Jacarezinho e os números já apresentam uma redução de 70%. Na primeira operação (06.05), o número de pessoas retiradas da cracolândia foi de 87 e nas operações subsequentes foram de 101 (12.05), 76 (25.05), 69 (03.06) e 34 (08.06).

No caso das crianças e dos adolescentes, um dos motivos foi a implantação, por parte da SMAS, do novo Protocolo de Abordagem Social, que prevê abrigamento compulsório para aqueles menores identificados com alto grau de dependência química. De 16 crianças acolhidas na primeira operação realizada com a adoção do novo modelo (03.06), o número reduziu para três. É um trabalho de insistência que vamos continuar realizando, porque os resultados provam que estamos no caminho certo. Estamos conseguindo reverter a situação de degradação da comunidade. Sabemos que não vamos acabar com o consumo de crack na cidade, mas queremos evitar que o consumo no Rio vire uma epidemia. Esta foi a 15ª operação que realizamos desde 31 de março.

Mais vida aos espaços públicos

A Prefeitura lançou hoje o programa “A Praça É Sua”, que vai recuperar, em uma semana, duas praças da Zona Norte - Serafim Oliveira, em Bangu, e Corrupião, em Campo Grande. Entre os dias 20 e 24, os órgão municipais irão realizar um mutirão para a manutenção do circuito de iluminação, pavimentação asfáltica, limpeza e desobstrução do sistema de drenagem, varredura e recuperação de brinquedos. Toda essa ordenação de forças e iniciativas tem como objetivo promover a qualidade de vida nessas comunidades. As praças valorizam a região, despertam a promoção de atividades físicas e recreativas e, quando deixam de ser espaços degradados, trazem mais vida e segurança para o seu entorno.

Os espaços públicos de uma cidade, principalmente os ‘verdes’, necessitam de atenção especial. A tendência é que, quanto mais esses locais se tornam povoados, deixam de ser propícios ao consumo de entorpecentes e à ocupação de população em situação de rua. Mas, mesmo após a recuperação dessas áreas, é importante que a população continue atenta a esses problemas. A SMAS realiza operações diárias de acolhimento de população de rua em diferentes regiões da cidade e nossa Ouvidoria é o melhor canal para a obtenção de informações e registro de novas denúncias. É um serviço que tem o objetivo de melhorar o atendimento na rede de proteção social do município.

Participe e informe-se pelo telefone 3973-3800 (Ouvidoria SMAS).

SMAS retira mais de 900 pessoas das ruas em menos de três meses

Na noite desta quinta-feira, dia 16, realizamos mais uma operação para a retirada de população de rua, desta vez na Zona Sul do Rio. Nossas equipes e agentes da 9ª DP, DPCA e DCAV percorreram alguns pontos dos bairros Glória, Flamengo, Catete e Laranjeiras. No total, foram retiradas 21 pessoas - 15 adultos e seis crianças. A polícia também encontrou 85 trouxinhas de maconha, 28 pedras de crack, além de facas, canivetes e estiletes e material para consumo da droga.


CLIQUE NA IMAGEM para acessar o álbum de fotos da operação.


Do dia 31 de março de 2011 até hoje, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) realizou 14 operações em diferentes pontos da cidade e já retirou das ruas 953 pessoas: 762 adultos e 191 crianças e adolescentes. Esta foi a 5ª ação após a adoção do novo modelo de Abordagem Social, implantado pela SMAS em 30 de maio.

Junto com o Ministério Público e a Justiça, a gente entende que, se não cortarmos esse vínculo com a droga, não será possível resolver o problema. A polícia faz o seu trabalho de polícia e a SMAS atua na acolhida dessa população. As duas juntas estão conseguindo excelentes resultados, com uma nova perspectiva de vida para essas pessoas.

SMAS recebe novos equipamentos do Governo do Estado

Na tarde de ontem, dia 15, recebemos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, dois novos equipamentos para atendimento de população em situação de vulnerabilidade social. O primeiro equipamento é um casa de acolhida, localizado no interior da Ceasa, e que será destinado a programas de reinserção social e empregabilidade. Com mais de 200 vagas para adultos, o espaço oferecerá cursos de qualificação profissional e empreendedorismo, e funcionará em sistema de abrigo provisório para aquelas pessoas que estiverem desempregadas. Além disso, a unidade também terá equipes de psicólogos e assistentes sociais que irão desenvolver atividades de orientação vocacional, auto-ajuda e ações que promovam a qualidade de vida. A segunda doação é um abrigo, na Taquara, em Jacarepaguá, que a SMAS irá destinar para o acolhimento de jovens em situação de rua.

As doações irão resultar em cerca de 300 novas vagas para aqueles que mais precisam. É uma iniciativa que salvará muitas vidas, pois vai ao encontro desse importante momento que estamos vivendo, de combate ao crack. A formalização do repasse aconteceu durante a cerimônia de implantação do Pacto de Gestão do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), para modernizar as políticas de ações sociais e ajudar na redução da desigualdade social e na garantia dos direitos sociais de toda a população fluminense. Por meio do pacto, o governo estadual oferecerá apoio técnico e financeiro às cidades para a organização e qualificação da gestão e dos serviços de Proteção Social Básica - destinada à prevenção de vulnerabilidades e de riscos sociais e pessoais - e de Proteção Social Especial, para cidadãos que já se encontram em situação de risco e tiveram seus direitos violados.

STF apoia abrigamento compulsório

Durante encontro nesta semana, em Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, manifestou posição favorável à resolução que determina o abrigamento compulsório de crianças e adolescentes com dependência química e destacou o dever do poder público em zelar pela integridade dos menores e a preservação do direito à vida.

Na mesma linha adotada pelos promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro e pela juíza da Vara da Infância, Juventude e do Idoso da Capital, Ivone Caetano, o ministro observou a inexistência de qualquer inconstitucionalidade na aplicação do novo Protocolo de Abordagem Social.

Fux disse ainda que a Constituição Federal determina que é dever de todos a proteção da criança e do adolescente e, neste caso, há de prevalecer o dever do Estado para curá-los de sua dependência química.

Operação da SMAS no Cajueiro e em Madureira retira 90 pessoas das ruas

CLIQUE NAS IMAGENS para acessar o álbum de fotos da operação. Fotos: Eliane Carvalho.

Na manhã de hoje, a SMAS realizou operação para a retirada de população de rua na cracolândia da comunidade do Cajueiro e em outros pontos de Madureira, na Zona Norte. A ação contou com o apoio da DPCA e do 41º BPM. No total, foram retirados 84 adultos e 6 crianças e adolescentes. Dentre os adultos estavam duas mulheres grávidas.

Os agentes da SMAS enfrentaram resistência durante a operação e precisaram contar com o apoio policial. Um educador social levou uma cabeçada de um homem retirado da rua, mas a polícia interveio e conseguiu conter o cidadão. Também foram localizados canivetes, facas, material para consumo do crack.

Após o processo de identificação na polícia, todos serão conduzidos para as unidades de abrigagem da rede socioassistencial. As crianças, em especial, serão avaliadas por médicos e psicólogos para identificar a necessidade de internação compulsória.

A partir de agora vamos buscar responsabilização criminal, ou seja, os pais irão responder criminalmente por abandono material e intelectual de seus filhos. Essas ações estão desmobilizando as cracolândias do Rio de Janeiro. A cada operação que realizamos, percebemos que o número de usuários tem sido menor.

CLIQUE NAS IMAGENS para acessar o álbum de fotos da operação. Fotos: Eliane Carvalho.

Do dia 31 de março até hoje, a SMAS realizou 13 operações em diferentes pontos da cidade e já retirou das ruas 932 pessoas - 747 adultos e 185 crianças e adolescentes.

Ação nacional de combate ao crack

A Secretária Nacional Anti-drogas, Paulina Duarte, já anunciou que o Governo Federal vai lançar um novo plano de combate ao crack até a próxima segunda-feira, dia 20. A iniciativa irá destinar recursos financeiros extraordinários, equipamentos e leitos do SUS para o tratamento de usuários da droga. A ação toma por referência uma pesquisa da Fiocruz, que vai traçar o mapa do crack no Brasil. Estima-se que, atualmente, o Brasil possua cerca de dois milhões de consumidores de crack, entre crianças, adolescentes e adultos.

A SMAS vem desenvolvendo inúmeras ações de combate à dependência química e tem se destacado pelo pioneirismo do abrigamento compulsório. Este é um exemplo que queremos levar para todo o país, pois é preciso que o Brasil enfrente o problema com a firmeza necessária. Nós, enquanto poder público, somos os grandes responsáveis pela implementação de ações assistenciais que devolvam a essas pessoas o convívio social pleno e o direito de reconstruírem suas vidas.

Ações com esse propósito revestem-se de alto sentido social e humanitário por possibilitar que essas pessoal possam voltar a ter o direito inalienável de serem cidadãos brasileiros.

'O Haiti é aqui'

Nesta segunda-feira, 13.06, a coluna de Fernando Molica, do jornal O Dia, publicou uma nota sobre os primeiros resultados das visitas domiciliares que estamos realizando com o programa Família Carioca em Casa, para identificar famílias em situação de vulnerabilidade e identificar suas principais necessidades. Nosso objetivo é atender a 98 mil famílias, mas, nas seis mil primeiras que visitamos já foi detectado que 30% dos moradores têm verminoses e 20% das crianças estão fora da escola. Também existem muitos casos de desnutrição e doenças de pele provocadas pela falta de higiene do ambiente em que essas pessoas vivem.

O Haiti é aqui, exatamente como o colunista destacou. A pobreza extrema dificulta que essas famílias saibam da existência de programas sociais como o Cartão Família Carioca, por isso a necessidade de encontrá-las em suas casas.

Atualmente, mais de 400 mil pessoas vivem na miséria aqui na cidade do Rio de Janeiro e o trabalho da SMAS tem esse objetivo. Além de identificá-las e encaminhá-las para atendimento nas unidades municipais mais próximas, essas famílias serão tratadas como prioridade e faremos o acompanhamento passo a passo desse atendimento.

SMAS aciona justiça para internação compulsória de adulta grávida

Consegui junto à Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, a internação compulsória de uma mulher adulta grávida que havia sido acolhida pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) durante operação no Jacarezinho, Zona Norte da cidade, realizada na última quarta-feira. A determinação foi pelo fato da mulher de 22 anos estar no oitavo mês de gravidez e pelo desespero da família.

Essa jovem estava colocando em sério risco o feto. A juíza Ivone Caetano atendeu de imediato o pedido. Neste momento, ela está sendo avaliada em um dos Centros de Atenção Psicossocial da Prefeitura do Rio. Após os exames ela poderá seguir um tratamento para dependência química e ter condições dignas para ter seu filho e recuperar a cidadania.

Operação da SMAS retira 44 pessoas das ruas da Zona Norte

CLIQUE NAS IMAGENS para acessar o álbum de fotos da operação. Fotos: Eliane Carvalho.

Na operação que realizamos hoje, dia 10, na Zona Norte da cidade, retiramos no total, 41 adultos e 3 crianças e adolescentes das ruas. Com o apoio da DPCA e do 8º Batalhão de Polícia Rodoviária, percorremos a cracolândia da favela Parque União e alguns locais conhecidos como pontos de consumo de drogas, principalmente o crack. Nesses locais, como o entorno da Rodoviária, o viaduto do Gasômetro e uma área próxima à entrada da Ilha do Governador, foram localizadas algumas pessoas em ocupações irregulares e outras abrigadas embaixo de viadutos. A polícia também apreendeu canivetes, facas, material para consumo do crack e a réplica de uma arma de fogo calibre 32.

Após o processo de identificação na polícia, essas pessoas que foram retiradas das ruas serão conduzidas para as unidades de abrigagem da rede socioassistencial do município. As crianças, em especial, serão avaliadas por médicos e psicólogos para identificar a necessidade de internação compulsória. A SMAS participou da ação com 30 profissionais entre educadores sociais, psicólogos e médica sanitarista. Também contamos com 20 policiais do 8º BPRv e 11 da DPCA.


CLIQUE NAS IMAGENS para acessar o álbum de fotos da operação. Fotos: Eliane Carvalho.

Casa Viva e o tratamento de combate ao crack

A Casa Viva, em Laranjeiras, oferece toda a estrutura necessária para a recuperação de crianças e adolescentes com dependência química. Logo que chega à unidade, a criança passa por uma avaliação clínica geral onde são diagnosticadas, primeiramente, as questões psicológicas, a sua socialização com o grupo e se possui um passado de traumas.

Também são realizados diagnósticos sobre o estado nutricional dessa criança, se possui alguma doença infecto-contagiosa ou preexistente. Logo no início, ela vai ser medicada contra parasitose, são realizadas profilaxias para piolhos e sarna e, então, iniciamos o tratamento para que se recupere da dependência química.

Em média, após 45 dias afastada da droga a criança está apta para a reinserção social ou familiar, mas sempre sob vigilância dos profissionais da unidade. Normalmente, o tratamento dura cerca de dois ou três meses. Mas os casos mais graves levam de seis a oito meses para a total recuperação.

Operação no Jacarezinho reduz à metade consumidores de crack

A SMAS, com o apoio do 3º BPM e da DPCA, realizou na manhã de hoje uma nova operação para retirada de moradores de rua na cracolândia do Jacarezinho. Na 5ª ação conjunta realizada na localidade em um mês, foram retiradas 34 pessoas, sendo 28 adultos e 6 crianças e adolescentes, uma redução de cerca de 50% em relação a última operação, realizada na semana passada, quando 69 moradores de rua foram identificados.

Operação da SMAS para a retirada de moradores de rua na cracolândia do Jacarezinho.

A operação de hoje foi acompanhada pela juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, Ivone Caetano, e pela a promotora de justiça Ana Cristina Huth Macedo, titular da Promotoria de Tutela Coletiva de Políticas Públicas do Ministério Público estadual.

Ação contou com o apoio das polícias Civil e Militar e foi acompanhada por representantes da Vara da Infância, daJuventude e do Idoso e também do MP.


Após o término da operação, os adultos foram encaminhados à 21ª DP e as crianças à DPCA. Aquelas que necessitarem de internação compulsória serão encaminhadas à Casa Viva, em Laranjeiras, e as demais para outros abrigos da rede municipal. A SMAS também fará o comunicado do acolhimento dessas crianças à Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.

Além da retirada dos dependentes químicos, também foram apreendidos materiais para o uso de drogas.


Esta é a décima primeira ação realizada pela SMAS em parceria com as polícias em dois meses. Desde o dia 31 de março, 794 pessoas foram retiradas das ruas (619 adultos e 175 crianças e adolescentes).

SMAS avalia resultados e destaca desempenho de servidores

Hoje participei do Seminário de Divulgação de Resultados do Acordo de 2010 da SMAS, onde os profissionais da secretaria apresentaram o trabalho realizado no ano passado, além das diretrizes e metas estipuladas para 2011. No encontro foram entregues certificados às Coordenadorias de Assistência Social (CAS) com melhor desempenho e, além da menção honrosa, os funcionários também receberam recompensas financeiras.

O resultado de 2010 foi tão positivo que muitas metas previstas para 2011 já foram atingidas. Isso fez com que o planejamento de algumas ações da SMAS para este ano fosse realizado em cima de projeções de 2012. Um desses bons exemplos é programa Bolsa Família que tem como próxima meta um aumento de cobertura para 95% e o programa Família Carioca em Casa, com expectativa de ampliar o atendimento para 60 mil famílias.

Assim como acontece no ambiente empresarial, sem planejamento a empresa perde o rumo do desenvolvimento, por isso é necessário o empenho de todos para que sejam estipuladas ações viáveis, que tracem caminhos a serem seguidos com coerência. Estipular metas nos determina a direção que devemos seguir, mas, além do planejamento também é preciso ter ação e superação. Penso que um bom plano de ação deve ser um conjunto de idéias coletivas, mas que não se trabalhe apenas as metas a serem atingidas. É sempre preciso ir além, com um objetivo maior que é o crescimento de todos juntos.

Resgatando vidas

Desde 2009, das 260 crianças que passaram pelos Centros Especializados de Atendimento à Dependência Química (CEADQs) do Rio, 80% admitiram serem viciadas em crack e esse foi um dos motivos que fez com que intensificássemos o trabalho de resgate da infância e da adolescência.

Após a operação realizada no Jacarezinho na última sexta-feira, 02/06, as 16 crianças e adolescentes retirados das ruas foram encaminhados para as unidades de atendimento à dependentes químicos da SMAS, no mesmo dia. Todos foram submetidos a uma avaliação médica, quando foi diagnosticado alto grau de dependência química e, portanto, a necessidade da internação compulsória. Do número total de acolhidos, cinco crianças foram levadas para a Casa Viva, em Laranjeiras, e 11 adolescentes para o Centro Especializado de Atendimento à Dependência Química em Guaratiba. Elas permaneceram no local durante todo o final de semana e continuarão por lá enfrentando um tratamento em saúde para se livrarem da dependência.

A SMAS também realizou o comunicado dos acolhimentos à Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital e agora está trabalhando na identificação dos pais ou responsáveis, já que nosso objetivo é acolher, tratar e fazer com que esses jovens voltem para suas famílias de origem.

Primeira operação da SMAS após novo Protocolo de Abordagem Social retira 69 pessoas da cracolândia do Jacarezinho

Hoje realizamos a primeira operação para retirada de moradores de rua após a instituição do novo Protocolo de Abordagem Social. A ação foi no Jacarezinho, em parceria com o apoio da Polícia Militar (3º BPM), Polícia Civil (DPCA) e Guarda Municipal. No total, foram retirados 53 adultos e 16 crianças e adolescentes. Além de pedras de crack, também foram encontrados um grande números de facas e materiais para o consumo da droga.

Os adultos foram encaminhados à 21ª DP e as crianças à DPCA. Concluído o processo de identificação, as crianças serão conduzidas para a Central de Recepção Carioca onde serão avaliadas por médicos e equipes multidisciplinares que irão diagnosticar o grau de dependência química. Aquelas que necessitarem de internação compulsória serão encaminhadas à Casa Viva, em Laranjeiras, e as demais para outros abrigos da rede municipal. Na Central de Recepção também será realizado o comunicado do acolhimento dessas crianças à Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.

Esta é a décima ação realizada pela SMAS em parceria com as polícias e a quarta somente no Jacarezinho, em dois meses. Os dados de hoje, apontam um declínio no número de pessoas que frequentam a cracolândia, já que nas últimas operações realizadas no local o total de pessoas retiradas daquela área foi de 76 (em 25/05), e 101 (em 12/05). Desde o dia 31 de março, 760 pessoas foram retiradas das ruas - 591 adultos e 169 crianças e adolescentes.

Coletiva à imprensa sobre acolhimento de crianças em situação de risco

O Poder Judiciário e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro são parceiros da Prefeitura na aplicação do novo Protocolo de Abordagem Social, que tem como objetivo resolver a situação dessas crianças e adolescentes que vivem nas ruas. Nesta quinta-feira, às 15h, iremos conceder uma coletiva à imprensa, na sede do Tribunal de Justiça, no Centro, para falar sobre o acolhimento de crianças e adolescentes em situação de risco e que, muitas vezes, são usuários de crack ou dependentes de outra substância química.

A entrevista foi convocada pela juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, Ivone Caetano. Também irão participar do encontro a promotora de justiça Ana Cristina Ruth Macedo, titular da Promotoria de Tutela Coletiva de Políticas Públicas do Ministério Público estadual.

Internação compulsória e estrutura para salvar vidas

O novo protocolo de abordagem à população de rua tem como propósito maior salvar vidas, acolhendo, internando e tratando de crianças e adolescentes, usuárias de drogas psicoativas. Considero inadmissível um jovem perambular pelas ruas da cidade e nós, autoridades, continuarmos inertes e passivos. Temos, sim, que ocuparmos o vácuo da ausência familiar, assumindo a responsabilidade de devolver a esse menor chances reais de ser reintegrado à sociedade.

A secretaria de Assistência Social está se estruturando e não vai parar de buscar condições para isso. Para abrir a Casa Viva, que vai receber 25 jovens, contratou 31 profissionais. Sua infraestrutura de apoio técnico assistencial está estruturada em 2 assistentes sociais, 3 psicólogos, 8 educadores sociais, 7 técnicos de enfermagem, 1 clínico geral, 4 agentes de portaria, 2 cozinheiras, 2 auxiliares de cozinha e 2 auxiliares de limpeza.

Hoje, contamos com 85 vagas na rede e, até o fim de junho, serão 145.

Estamos nos organizando para fazer frente a essa demanda de enfrentamento concreto de flagelo das drogas envolvendo crianças e adolescentes.