terça-feira, 1 de julho de 2014

O crack ainda ameaça


O vídeo com a entrevista que você acabou de assistir faz mais de dois anos, quando coordenei a primeira ação do programa “Crack, é possível vencer”, do Governo Federal, no Rio de Janeiro. Na época, profissionais da Força Nacional, dos órgãos de Segurança e da Prefeitura ocuparam a comunidade Santo Amaro, no Catete, em caráter permanente. Conseguimos, então, acabar com a cracolândia no local e lá foi instalado um contêiner que serve para atendimentos sociais diários aos dependentes químicos e suas famílias.

Todo mundo sabe que o crack é uma droga terrível. Causa uma intensa euforia de curta duração, imediatamente seguida por uma depressão intensa e uma ânsia por mais droga. O uso do crack dá origem a uma série de riscos de saúde, como problemas respiratórios severos, danos pulmonares e hemorragias.
O Rio de Janeiro está sob a ameaça do crack. Eles, nossos jovens, estão à mercê do vício dessa droga devastadora. Eu, que participei do acolhimento de mais de seis mil pessoas das cracolândias da cidade, sei o quanto é difícil lutar contra esse vício. Na minha gestão, mais de 400 jovens foram retirados desses locais, 12 deles, inclusive, tornaram-se medalhistas de judô, e por isso não me arrependo desta iniciativa compulsória.
Recebi e ainda recebo muitas críticas a respeito do meu trabalho junto aos dependentes do crack, mas nenhuma dessas críticas chegaram acompanhadas de propostas para salvar vidas. Eu tenho certeza que já salvamos muitas. 

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