Pesquisas apontam que o trabalho infantil no Brasil está em queda, mas os dados ainda são alarmantes. Apesar das ações desenvolvidas em todas as esferas de governo, Brasil ainda tem 4,3 milhões de crianças e adolescentes vítimas de exploração, em trabalhos que vão desde as usuais atividades domésticas à prostituição.
Na edição do jornal O Globo desta terça-feira, Ancelmo Gois destacou um estudo sobre o tema, realizado pela Universidade Federal Fluminense: em 2001, mais de 130 mil meninas (entre 10 e 14 anos) trabalhavam como domésticas. Em 2009, esse número diminuiu para 101 mil.
Mesmo com essa redução, o trabalho infantil ainda é um grande problema social no país. As milhares de crianças que abandonam a escola, ou que dividem o tempo entre a escola e o trabalho, deixam de ter seus direitos preservados e são fortes candidatas ao sub-emprego, alimentando o ciclo da pobreza no país.
Aqui no Rio, trabalhamos em parceria com o Governo Federal para combater essa exploração. Desenvolvemos o Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (Peti), para atender seis mil crianças e adolescentes de 0 a 15 anos e 11 meses, afastá-los das ruas e mantê-los em salas de aula. Pelo Peti são desenvolvidas atividades educativas, lúdicas, artísticas e recreativas no período complementar à escola, além de proporcionar aos jovens reforço escolar, atendimento psicológico e acompanhamento de assistentes sociais. As famílias dos beneficiados recebem bolsa-auxílio mensal e, como contrapartida, é exigida a freqüência mínima de 75% nas escolas e também nas oficinas.
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