Uma pesquisa divulgada pelo Ministério das Cidades me surpreendeu: de acordo com os dados, o estado de São Paulo desperdiçou, em 2011, 35,2% da água tratada.
No momento em que se discute sobre o pedido do governo paulista para a captação de água da bacia do Rio Paraíba do Sul, o desperdício chama atenção, porque se tanta água não fosse desperdiçada, certamente a carência seria menor.
Segundo um estudo da Coppe/UFRJ, se o estado de São Paulo conseguisse reduzir em 50% as perdas na distribuição, seria possível atender cerca de 4,5 milhões a mais de pessoas.
Mas não são apenas os paulistas que merecem um puxão de orelha. O estado do Rio também não ficou muito atrás do desperdício: a população fluminense perdeu, no mesmo período, 32,8% da água tratada.
A média brasileira ainda é pior, 38,8%. A água perdida, apenas com vazamentos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, em 2012, foi de 20,3%. Se contarmos ligações irregulares, gatos, hidrômetros quebrados, o número sobe para 25,7%. Um absurdo se considerarmos países como Alemanha e Japão, que têm índices menores de 10%.
É claro que a população precisa colaborar, e o cidadão consciente precisa reduzir o consumo. Mas, obviamente, as empresas têm que ser cobradas também.
É necessário um controle e mais fiscalização para que a água tratada não escorra pelo ralo.
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