sexta-feira, 11 de abril de 2014

Sou radicalmente contra invasões

A Polícia Militar começou no início da manhã desta sexta-feira a reintegração de posse da "Favela da Telerj", espaço que pertence a Oi, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. O terreno de 50 mil m² foi invadido por cerca de 5 mil pessoas, há duas semanas, aproximadamente.

Cerca de 1.600 homens da Polícia participam da operação e a desocupação começou de forma pacífica, mas confrontos mudaram o cenário da ação. Invasores puseram fogo dentro do terreno, ônibus, caminhões e carros queimados, manifestantes atirando pedras e coquetéis molotov contra os militares, que reagem com bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha, agências bancárias saqueadas e quebradas, barricadas de fogo na rua e confronto a todo instante.

Sou radicalmente contra invasões. Nenhum governo pode ceder a um movimento como esse. Há programas habitacionais muito bem executados, como o Minha Casa Minha Vida, que, só no Rio de Janeiro, já entregou mais de 30 mil residências.

Há um cadastro, uma fila de espera, um trâmite que deve ser respeitado. Invasores não podem ganhar um prêmio porque invadiram. Não é justo que pulem a fila e entrem na frente de quem está devidamente cadastrado, aguardando a sua vez de ser beneficiado.

E, no caso dessa invasão, está claro que está longe de ser algo espontâneo, feito por quem precisa de um teto para viver com a sua família.

A empresa Oi, por sua vez, cometeu uma sucessão de erros, a começar pela falta de iniciativas no primeiro momento dessa ocupação. Quando as pessoas começaram a chegar, a Oi deveria ter plantado uma segurança no local e procurado as autoridades para as providências cabíveis, como o cadastramento das famílias e o impedimento de novos ocupantes.

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