Para quem acha que liberar o uso de drogas resolve os problemas dos altos índices de criminalidade, vale a pena pesquisar, por exemplo, sobre a Suécia, onde o consumo de drogas é considerado crime, com punição de até três anos de prisão, desde 1993.
Pesquisas realizadas no país mostram que, nos últimos 30 anos, o número de dependentes de drogas caiu de 12% para 2%. A taxa de usuários de cocaína, segundo a embaixadora da Suécia, Annika Markovic, é um quinto da taxa dos países vizinhos, como Inglaterra e Espanha.
Assim como eu, a maioria dos suecos rejeita a legalização das drogas e a política do país conta com ações de prevenção e tratamento envolvendo todos os segmentos da sociedade. Aqui no Brasil, fui pioneiro com o programa de abrigamento compulsório de crianças e adolescentes na Secretaria de Assistência Social, na prefeitura do Rio de Janeiro.
Mais de 400 jovens foram retirados das principais cracolândias da cidade. Apesar das críticas, acredito que foi uma iniciativa acertada. Muitos desses meninos e meninas voltaram para suas casas e recomeçaram sua vidas. Recentemente, 12 deles foram medalhistas em competições de judô.
A Suécia está livre do crack. Nós ainda não estamos. O caminho é longo e eu trabalho todo dia contra isso.
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