A Europa e a crise

Os efeitos na economia mundial gerados pela crise que assola a Europa não param de surgir. Este ano, pelo menos 330 mil empresas do mundo todo podem aumentar a quantidade de companhias falidas ao redor do globo – número 3% maior do que no ano passado. E o Brasil, mesmo não sofrendo tantos impactos, deve tomar cuidado, afinal, os reflexos da crise podem, de alguma maneira, afetar as empresas nacionais. 

Aparentemente, a mais grave situação está na Grécia. Esta semana, a zona do euro salvou mais uma vez o país de uma moratória imediata ao dar sinal verde para um segundo resgate de € 130 bilhões até 2014. O acordo ainda prevê que Atenas aceite supervisão externa sobre suas contas, o que foi visto como um sacrifício de sua soberania fiscal, e impõe fortes perdas aos credores privados. Infelizmente, permanecem as dúvidas sobre a habilidade da Grécia de se recuperar e evitar um calote a longo prazo.