Participei de um debate na OAB, nesta quarta-feira, dia 21, sobre a questão do abrigamento compulsório. Representantes da própria Ordem, de entidades ligadas aos Direitos Humanos, ONGs e outras instituições da área social questionaram sobre os procedimentos adotados pela SMAS, a estrutura das unidades de abrigagem, a administração de medicamentos entre outros assuntos.
Enfim, o encontro foi muito positivo, mas o que percebemos, em meio a toda essa polêmica, é que essas lideranças estão muito mais preocupadas em saber se a Prefeitura tem ou não expertise para levar adiante esse projeto, do que propor ações concretas para resolver a questão.
Mais uma vez, e quantas vezes forem preciso, reforço que o problema do crack é uma questão tão alarmante que exige ações emergenciais. As notícias que circularam na mídia nesta última semana foram preocupantes. No Estado de São Paulo, por exemplo, o crack está penetrando com força. Muitos municípios, cerca de 31%, estão alarmados com a expansão da droga e em algumas plantações de cana-de-açúcar, alguns funcionários usam a droga para trabalhar 14 horas seguidas. Outra: o atendimento a usuários de crack já se iguala ao de viciados em álcool na rede pública de saúde de São Paulo, cerca de 38% cada.
As cracolândias estão se expandindo a olhos vistos e o número de usuários não para de crescer. O crack é uma droga que mata e mata rápido, portanto é preciso ter coragem, poder de iniciativa, realizar operações de insistência e acreditar naquilo que está dando certo. Pode até ser que a gente não consiga recuperar todas essas crianças, mas eu é que não vou ficar de mãos atadas esperando que elas morram na linha do trem.
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