Desde domingo, quando as forças de segurança ocuparam o Complexo de Manguinhos e Jacarezinho para implantação de Unidades de Polícias Pacificadoras (UPP´s), que uma triste realidade está sendo mostrada nos noticiários: os usuários de crack.
A ocupação de Manguinhos e Jacarezinho mostra que a nossa batalha de combate ao crack continua. As operações, que começaram em março de 2011, quando eu estava à frente da Secretaria de Assistência Social, demonstram o quanto é importante e fundamental a nossa luta. Hoje, o Rio é visto como modelo de referência para decisões no combate ao crack.
Fomos responsáveis por entender que era preciso uma leitura diferenciada do flagelo do crack pelas ruas de nossa cidade. Dar um choque de cidadania e trazer a delicada questão ao nível do debate em alto nível, envolvendo diferentes setores do poder público na busca de soluções ao problema.
O conceito de acolhimento proposto por nós, acompanhado por tratamento e reinserção social se mostrou como um dos caminhos aconselháveis. Mas ainda sofremos fortes críticas pela audácia da metodologia proposta, sobretudo em relação ao abrigamento compulsório para crianças e adolescentes com alto grau de dependência química, que eu me orgulho tanto por termos conquistado em maio de 2011, durante a minha gestão na SMAS.
Contudo, a atitude mostrou-se apropriada ao enfrentamento do problema, ganhando adesões. Hoje, o jornal O Globo, mostra uma matéria importante sobre o abrigamento compulsório, defendido inclusive por psiquiatras também para adultos.
Nossas prioridades são saúde pública e bem-estar das pessoas. Focar, portanto, ações de políticas públicas comprometidas com esses objetivos visam unicamente salvar vidas e recuperar adultos e adolescentes dominados pelo vício do crack e outras tantas drogas. Se não estendemos a mão a esses indivíduos marginalizados, é condená-los à degradação. Acolhê-los é nosso dever e obrigação, na busca para restituir-lhes a dignidade humana perdida.
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