A decisão da prefeitura do Rio de internar compulsoriamente adultos viciados em crack é mais do que um ato de coragem do prefeito Eduardo Paes, é um gesto de humanidade. Na sexta-feira, eu já havia elogiado nosso prefeito por ter defendido a internação compulsória para adultos. Agora, eu tenho que tirar o chapéu mais uma vez.
A bandeira que eu sempre levantei, e que começou em maio do ano passado com crianças e adolescentes, quando eu estava à frente da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), agora vai virar uma proposta que vai ser preparada pelas secretarias de Assistência Social e de Saúde. A previsão é que nesta quinta-feira, Paes vai levar sua ideia para o governo Federal, e pedirá apoio ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília.
O prefeito anunciou a novidade, ontem, na Clínica de Família Anthídio Dias da Silveira, no Jacarezinho. Embora reconheça que pode gerar polêmica, ele sabe que há necessidade de atitudes firmes do poder público para que seja realizado o tratamento médico de desintoxicação com acompanhamento psicológico dos dependentes da droga, apoiado, obviamente, em um programa de reinserção social dessas pessoas.
Para isso, ele anunciou a criação entre 600 e 700 novas vagas em clínicas da rede municipal até o fim do ano. A convicção de que a internação compulsória de usuários de crack é uma solução que se fundamenta nas ações bem-sucedidas com crianças e adolescentes acolhidos pela SMAS e submetidos a esse tipo de tratamento. Hoje, existem 123 menores sendo tratados em clínicas do município.
Defendo e apoio integralmente a posição pública assumida pelo prefeito, por entender que os quase 3 mil usuários de crack que perambulam pelas cracolândias e ruas do cidade somente abandonarão o terrível vício com a internação compulsória, tratamento médico de desintoxicação, apoio psicológico visando a reinserção social.
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