quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Contra o avanço do crack

Arte: Reprodução Jornal O DIA (14/09/2011 . pág 5)

O crescimento da cracolândia de Manguinhos, às margens de um canteiro de obras do PAC, reforça esse estado de 'epidemia' que estamos vivendo. O 'convívio forçado' entre governo e traficantes realmente é um problema, porém o que mais nos impressiona é o desespero desses usuários, a falta de limites para o consumo da droga, o que faz com que esses territórios se desenvolvam em qualquer lugar, a qualquer hora do dia.

Como eu disse na matéria do jornal O Dia, publicada nesta quarta-feira, na maioria dos casos os viciados arriscam a própria vida para se satisfazerem. Após incursões pelas cracolândias da cidade, o relato de nossos profissionais da SMAS impressiona. São usuários que roubam traficantes para conseguir a droga, mulheres que se prostituem por uma pedra de crack, e profissionais graduados que perderam família e emprego também por causa do vício.

A SMAS segue com suas operações nas cracolândias e nos principais pontos de consumo de drogas no Rio. Desde março, já acolhemos 1.537 pessoas desses locais e a constatação é de que o número de usuários vem diminuindo, principalmente as crianças. O Parque União é um bom exemplo: há 22 dias atuando no local diariamente, nossas equipes já apontam a diminuição do número de pessoas e a ausência total de crianças e adolescentes. São operações de insistência, sempre com o apoio das polícias Civil e Militar, e o objetivo é intensificá-las e ampliá-las cada vez mais.

Por um lado, essa denúncia de Manguinhos foi muito positiva, já que está movimentando as bancadas de nossos representantes fluminenses. É importante a participação e a contribuição de todos nesse sentido. Juntos, podemos muito mais.

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