Esta semana o Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão de estrutura do Ministério de Educação, fez a divulgação anual, até certo ponto assustadora, dos índices de aprovação e reprovação de estudantes do ensino médio em todo o Brasil. Os dados são, de certa forma, alarmantes por mostrar crescimento no número de reprovações de estudantes nessa faixa de ensino na rede nacional pública e privada: 13,1%, em 2011. Antes, 2010, eram 12,5% o reprovados. O principal gargalo encontra-se exatamente no 1º ano do ensino médio, onde são registradas as maiores taxas de abandonos e reprovações. Exatamente, também, nesse momento de passagem da vida escolar, após conclusão do ensino fundamental, que 20% de todo o alunado nacional optam por abandonar a escola.
O resultado mostra ainda que somente o Rio Grande do Sul (20,7%) ficou atrás do Rio de Janeiro (18,5%). Porém, o Rio teve uma ligeira melhora, em 2010, os índices de reprovação ficaram em 18,9%. O quadro estatístico revelador do Inep nos remete a uma reflexão envolvendo o ensino médio tradicional. Ele, de fato, mostra a existência de uma crise de qualidade e de identidade que precisa ser revertida urgentemente. Caso contrário, a conta negativa a ser paga pelo país, somada à frustração dos milhões de jovens sem expectativas de oportunidades de inserção social, será esmagador de resultados incomensuráveis. Um dos caminhos apontados por nosso estado e que vem apresentando resultados promissores está no estímulo ao ensino profissionalizante e cursos técnicos com esse perfil. Os primeiros resultados têm se mostrados promissores, a partir da reestruturação curricular do ensino médio em curso.
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