quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ligações perigosas com o crime

A revelação do envolvimento de agentes da Polícia Rodoviária Federal com a prática de ações criminosas é muito grave, preocupa, assusta e traduz-se em insegurança à população fluminense. No rastro expressivo dos números encontram-se 80 policiais rodoviários (cerca de1/7 de todo o efetivo da corporação, sediada em nosso estado), segundo apontam as investigações da Polícia Federal e da Divisão de Fiscalizaçãoda Polícia Rodoviária Federal de Brasília. 

Portanto, uma das maiores redes de corrupção montadas para extorquir empresários e caminhoneiros nas estradas federais, com cobranças de propinas regularmente. O relatório de 1.200 páginas mostra ainda como os patrulheiros contavam com a participação de policiais civis e militares no esquema do “mensalão de propinas”. 
 
Lamentavelmente, o esquema de corrupção explica, em boa parte, como o contrabando rodoviário de cargas funciona nas principais vias federias de entradas no estado do Rio de Janeiro, envolvendo caminhões, vans e ônibus piratas. Os sacoleiros e comboios contavam com a rede de proteção dos patrulheiros. O esquema não somente permite o contrabando de equipamentos eletrônicos, medicamentos e outros produtos, mas também a entrada de armamentos para o tráfico e, principalmente, de drogas.

O desbaratamento dessa quadrilha pode ser um forte revés no esquema de comercialização de drogas, como o crack, em nossa cidade. Ações como essa contribuem com o esforço da Assistência Social no combate ao flagelo do uso crack por pessoas e jovens, reduzindo a oferta da droga.

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