terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tratamento a usuários de drogas reflete quadro de calamidade

 

Fiquei estarrecido após tomar conhecimento dos detalhes apontados no relatório nacional do Conselho Federal de Psicologia, divulgado nesta segunda-feira, dia 28, que revela a situação de calamidade a que são submetidos usuários de drogas durante tratamento para desintoxicação química. Chocante mesmo! Não há outro adjetivo para qualificar o quadro deplorável de abandono, irresponsabilidade e, sobretudo, indignidade humana praticada contra pessoas necessitadas tão somente receber compreensão, amparo e afeto.

O documento elaborado pela entidade, mostra que 68 instituições do país foram visitadas por equipes de pesquisadores entre os dias 28 e 29 de setembro. Nessas unidades, a maioria delas privadas e algumas conveniadas ao sistema público, foi identificado um cenário de graves irregularidades. Submissão a castigos físicos, tortura, falta de higiene, trabalho forçado, preconceitos a homossexualidade dos pacientes, ambientes de completa insalubridade, privação de alimentação adequada, imposição à humilhação moral e psicológica, isolamento com o mundo exterior, entre outras questões preocupantes. 

A integração social e familiar da pessoa com dependência química deve ser uma ação prioritária no tratamento contra as drogas. Aqui no Rio, por exemplo, esta é uma prática adotada em todas as unidades de atendimento especializado da Prefeitura. Contemplamos a integração e a convivência social como uma das medidas de ressocialização do jovem com o objetivo de lhes devolver a auto-estima como um princípio de valorização moral e de cidadania.

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