Que
notícia triste e lamentável. O Levantamento Nacional de Álcool e
Drogas (Lenad), divulgado ontem pela Universidade Federal de São
Paulo revela que cerca de 1,5 milhão de brasileiros usam maconha
diariamente. A pesquisa ouviu 4.607 pessoas com mais de 14 anos em
149 municípios. O estudo revela que, entre os adultos, cerca de 8
milhões de pessoas já experimentaram maconha e, pior, mostra que
62% dos que usaram pela primeira vez tinham menos de 18 anos.
Nas
operações de combate ao crack no Rio realizadas desde março de
2011, pela Secretaria Municipal de Assistência Social, foram feitos
até hoje 4.706 acolhimentos. Dos acolhidos, 663 eram crianças e
adolescentes, 50% têm entre 13 e 15 anos; 35% têm entre 16 e 17, e
15% têm até 12 anos! Quando os profissionais da SMAS perguntam como
eles chegaram ao crack, a resposta é sempre a mesma: “comecei
fumando maconha”. Por esse e outros motivos, fico indignado quando
vejo passeatas defendendo a liberação da maconha. Se isto
acontecesse, passaríamos de 1,5 milhão de usuários para 3 milhões.
Alguém já imaginou o que isso pode acarretar a essas crianças e
adolescentes?
Será
que quem defende a liberação das drogas já esteve numa operação
dessas? Já viu crianças de 10 anos fumando crack? Já viu uma mãe
com bebês de colo em situação deplorável numa cracolândia? Já
esteve em algum abrigo da prefeitura e viu a quantidade de bebês
abandonados por mães usuárias de crack? É por isso também que
defendo um Projeto de Lei que dobra a pena para quem vende ou
comercializa crack. A gente não pode deixar que essa epidemia se
assole pelo nosso País. Precisamos dar um basta, já.
Apesar
da triste realidade apresentada por essa pesquisa, há um dado bom
que precisamos questionar e debater muito. De todos os entrevistados,
75% são contra a descriminalização da maconha, e apenas 11% são
favoráveis (14% não têm opinião formada). Numa projeção
nacional, isso representaria 111 milhões de brasileiros que são
contrários, contra apenas 16,3 favoráveis. Então a quem interessa
a descriminalização? Alguém já pensou quais as trágicas
consequências que isso pode trazer para nossa sociedade?
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